quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Já chega


   Mais uma vez há um jogador do Benfica que é apontado como possível reforço do Vitória. Diz a comunicação social que, David Simão poderá chegar a Guimarães, por emprestimo, já em Janeiro. Como David Simão é um jovem promissor, que é até internacional e vice-campeão do mundo de sub-20, mas não têm espaço na equipa principal do Benfica, há que arranjar uma qualquer forma de pôr o jogador a rodar e essa solução passava pelo Vitória. Para mim já chega, estou cheio de ver o Vitória ficar com os excedentários dos outros, por mim não entrava em Guimarães nem mais um jogador do Benfica. Emilio Macedo que tenha vergonha, pois a sua simpatia pelo Benfica já mete nojo. Está na hora de dizer-mos chega e de acabar-mos com estas poucas vergonhas. O Vitória nunca foi, não é, nem nunca será uma equipa b do Benfica, se eles têm excesso de jogadores que se resolvam mas isso não é nada comnosco. Depois de um emprestimo frustrado de Urreta, que está já há uns bons meses no Vitória sem jogar e a receber ordenado, Emilio Macedo prepara-se agora para trazer um novo jogdor da luz. Aliás facto que se torna ainda mais curioso quando se ouve falar que o emprestimo de Urreta poderá estar à beira do fim devido à sua lesão. Será que a vinda de David Simão é para compensar um eventual regresso de Ureeta. Do genero devolvemos o Urreta que não está bem, mas continuamos a prestar vassalagem, com medo de poder irritar o clube da luz? Não sei o que se passa, o que sei é que todas estas relações estranhas com o Benfica já metem nojo. O Vitória já foi demasiado prejudicado por causa de estar constantemente a aparar  jogo ao Benfica, por muito que esta direcção possa dizer o contrário ninguém me convence que o facto de não termos ido à Champions está directamente relacionado com a guerra que fomos comprar só para nos aliar-mos ao Benfica na altura. Só Emilio Macedo e seus pares não entendem a forma como têm prejudicado o Vitória, quer dizer em parte até acredito que entendam muito bem o que estão a fazer mas como é em beneficio do Benfica eles não estão muito preocupados. Caso para se dizer que o coração fala mais alto que a razão e Emilio Macedo e seus pares deixam-se levar pela simpatia que netrem pelo Benfica mesmo que isso prejudique claramente o Vitória. Enquanto vitoriano estou completamente farto desta situação e apesar de nunca me ter agradado o facto de ter benfiquistas na direcção do Vitória respeitei a vontade da maioria que nas últimas eleições votou em Emilio Macedo, mas agora as coisas já foram longe de mais e está na hora de acabar com a brincadeira. Emilio Macedo têm que sair e a forma vergonhosa como contraría o que diz, dizendo que não está agarrado ao poder mas fazendo exactamente o contrário denuncia que algo de muito grave se irá descobrir no futuro.
   Quanto ao David Simão até acho que é um bom jogador e gostaria muito de o ter no Vitória, só que gostaria se ele fosse nosso jogador e não um jogador emprestado. Porque para apostar em jovens talentosos que se aposte nos nossos, prefiro valorizar o que é nosso, até porque sentem a camisola e futuramente garantem importantes encaixes financeiros. Temos jovens com enorme potencial está na hora de apostar-mos neles, os outros clubes que resolvam as suas situações porque o Vitória não pode continuar a valorizar o que não é nosso. EMILIO MACEDO RUA!

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O verdadeiro hino


   Já é antigo este hino, mas foi com ele que aprendi a ver o Vitória. Ao ouvir este hino lembro-me das tardes que passava na bancada central a ver grandes equipas do Vitória. Para mim este é e será sempre o hino do Vitória, posso até ver com algum agrado a criação de outras músicas, mas hinos não, o único hino que para mim existe é este.
   Escrevo este post por um único motivo, é que este ano este hino faz 25 anos e é uma situação que me parece ter caído no esquecimento. Acho que se deveria referir esse facto e acho que se deveria convidar Dino Freitas para cantar o hino ao vivo no estádio e assim celebrar os 25 anos desde a criação do hino. Para se construir um futuro melhor é preciso honrar o passado. 

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Assembleias Gerais


   Esta é uma dúvida que me têm ocorrido nos últimos dias, mas afinal quando é que vão ser as próximas Assembleias Gerais? Digo assembleias e não assembleia por apenas um motivo, uma é certo que terá que ocorrer próximamente, a assembleia que resulta do chumbo das contas, mas a outra nunca mais se ouviu falar, a assembleia geral para destituição da direcção. Mas começando pelo primeiro caso, a assembelia geral resultante do chumbo das contas. Pergunto-me porque estará tão demorado o anuncio da sua data. Estará a direcção a tentar ganhar tempo? Numa tentativa de ver se os resultados do futebol acalmam os ânimos. É que de acordo com Emilio Macedo a solução para aquilo que aconteceu na última assembleia era a equipa de futebol começar a obter bons resultados, pelo menos foi o que ele disse à Vitoria Tv e à Rádio Santiago. Mas quanto a mim a última assembleia foi bastante esclarecedora, a única solução existente, para voltar a existir união na familia vitoriana é a saída de Emilio Macedo. E isso não vai mudar quer João Cardoso marque a próxima assembleia geral amanhã quer ele a marque daqui a dois meses. As opiniões não vão mudar e as coisas não vão estar melhores só porque passou mais ou menos tempo. Já passaram quase 15 dias desde a última Assembleia Geral e por isso já vai sendo mais do que tempo de João Cardoso anunciar uma data para realização da próxima Assembleia Geral.
   Quanto à Assembleia Geral extraordinária estou bastante curioso, pois não compreendo porque caiu quase no esquecimento. Recordo-me que Pedro Emanuel Mendes disse que iria aguardar pela última Assembleia Geral e que só depois da mesma é que iria dar entrada ao pedido de marcação de uma Assembleia para distituição da direcção. Mas na verdade nunca mais se ouviu falar de nada. Acho que todos sabemos perfeitamente que caso essa Assembleia Geral extraordinária se realize Emilio Macedo vai mesmo ser destituido, pergunto-me por isso o que aconteceu a essa iniciatíva. Os sócios deram, na última Assembleia Geral, sianais bem evidentes que não querem mais esta direcção no Vitória e o chumbo das contas foi o sinal mais claro disso, mas no entanto não deu entrada o pedido de convocação de uma Assembleia Geral extraordinária, acho estranho. Até porque a julgar pela última Assembleia acho que será fácil na próxima Assembleia, a que terá que ocorrer para nova votação do relatório e contas, reunir as 120 assinaturas para marcação da Assembleia Geral extraordinária. Qualquer pessoa teria conseguido reunir as 120 assinaturas necessárias durante a última Assembleia Geral. O que me leva a acreditar que, se até à data  da próxima Assembleia não der entrada o pedido para a convocação de uma Assembleia Geral extraordinaria, será fácil reunir durante a próxima Assembleia Geral as assinaturas necessárias. Podendo até o pedido de uma Assembleia Geral extraordinária ser entregue durante os habituais 30 minutos disponíveis para assuntos de interesse.
   Não consigo compreender como se está a adiar o inevitável. É que a Assembleia Geral para a votação do relatório e contas vai mesmo ter que acontecer, não entendo por isso porque é que João Cardoso já deixou passar tanto tempo sem anunciar uma data. E a saída de Emilio Macedo está também iminente, resta saber se será necessário convocar uma Assembleia Geral extraordinária ou se haverá ainda alguma dignidade e a direcção pede a demissão. O que não pode acontecer é o Vitória continuar assim, não podemos continuar numa situação em que o clube está estagnado, temos que resolver os assuntos pendentes e seguir o nosso caminho, pois cada dia a mais que Emilio Macedo está no Vitória as coisas ficam mais complicadas.

Mais uma


   O caso de Edgar é mais um grande exemplo da péssima gestão que Emilio Macedo vai fazendo no Vitória. Já não é grande novidade que Edgar deverá sair do Vitória no final da época, isso já todos sabiamos. O que não sabiamos era a forma como o seu empresário, Bartolomé Cursach, goza com o Vitória. É a todos os níveis inaceitável ouvir este senhor dizer que o Edgar só fica no Vitória caso o Vitória pague para isso, e depois de uma forma cínica ainda se ri, dizendo "... acha que eles vão ter dinheiro...". Isto é inaceitável, sito-me, enquanto vitoriano, insultado pela atitude deste senhor. É certo que Edgar estaria já previsívelmente de saida e é também certo que o Vitória não atravessa um bom momento financeiro, em todo o caso não podemos tolerar que um qualquer empresário fale assim do nosso clube. Até porque Edgar não é nenhum fora de série, é um jogador útil que têm sido muito importante para o Vitória, mas que não é, pelo menos para mim, nada de especial. Aliás como disse anteriormente nunca achei o Edgar um jogador à Vitória, reconheço que dentro do actual cenário financeiro do cuble possa ser uma mais valia, mas não é, para mim, um jogador excepcional. E mesmo que o fosse nunca aceitaria do seu empresário este tipo de atitudes.
   Mas o senhor Cursach vai ainda mais longe, numa clara tentativa de irritar os vitorianos diz que têm excelentes relações com António Salvador e que o destino de Edgar pode passar por Braga. A mim pouco me interessa se o futuro de Edgar passa por Braga ou por outro clube qualquer, apenas me interessa saber se fica no Vitória, depois se for para outro clube é-me completamente indiferente, seja esse clube qual for. Acho é que é uma enorme falta de respeito um empresário de um jogador do Vitória vir dizer que esse mesmo jogador pode ir para Braga. Estas atitudes apenas provam que os empresários são o pior que o futebol têm e a sua ganância pelo dinheiro está a desvirtuar o futebol. Mas se o senhor Cursach está tão desejoso de levar o Edgar para Braga não lhe desejo mais do que a sorte que teve um rapaz que também este ano quis trocar o Vitória pelo Braga e que agora joga no Beira-Mar.
   Posto isto apenas me apraz falar da miserável figura que, mais uma vez, Emilio Macedo fez. Perante tudo isto ningém ouviu qualquer elemento da direcção falar, fizeram de conta que não era com eles. Deixaram o Vitória ser desrespeitado por um qualquer empresário e nada fizeram. Chegamos a um pouco em que qualquer um já é livre de dizer o que quiser sobre o Vitória, pois ninguém faz nada. Já para não falar que, devido a mais um brilhante negócio de Emilio Macedo, vamos ter que deixar sair o Edgar sem ganhar nada com isso. Como já disse não sou grande adepto do Edgar, mas reconheço que ele poderia representar um bom negócio para o clube, até porque está a marcar golos. Mas mais uma vez Emilio Macedo arranjou forma de não ganhar nada com o jogador e ainda ver o clube ser desrespeitado. Já chega, não sei quanto tempo mais pode o Vitória aguentar este tipo de gestão, mas certamente que não será muito por isso é bom que Emilio Macedo e seus pares saiam e saiam rápido.

domingo, 6 de novembro de 2011

Vitória perigosa


   Os números da vitória em Paços de Ferreira são bastantes perigosos, pois podem levar a uma fácil ilsão de que tudo está resolvido e que agora o futuro será sempre risonho. Mas na verdade as coisas não são bem assim, na verdade o Vitória evidenciou bastantes fragilidades no jogo de Paços de Ferreira. Felizmente o resultado foi bem e para além dos três pontos deu ainda ao Vitória a possibilidade de recuperar animicamente.
   O jogo na Mata Real teve dois periodos bastante distintos, quase que se pode dizer que existiram dois Vitórias no mesmo jogo. Primeiro durante toda a primeira parte vimos uma equipa intranquila, nervosa, anciosa e sem grande objectividade. Uma equipa que era incapaz de fazer uma sequência de passes, que era incapaz de criar jogadas de perigo e que foi incapaz de ser superior ao seu adversário. Depois houve um segundo período onde já se viu uma equipa com maior objectividade, mais confiante e capaz de criar diversos movimentos de rotura.
   Há no entanto alguns aspectos a reter deste jogo, porque embora o resultado tenha sido muito bom e o objectivo, ganhar, tenha sido alcançado, a equipa não foi tão brilhante como o resultado pode levar a crer. Embora neste jogo já se tenha visto um Vitória superior ao que se viu no jogo com o Rio Ave. O que, tal como eu dizia na semana passada, aponta para uma equipa em recuperação, uma equipa que não joga bem mas que vai conseguindo o mais importante que é conquistar os três pontos. Mas na verdade a exibição de Paços de Ferreira deixou-me algo preocupado, essencialmente na primeira parte. Fiquei preocupado pois foi evidente que há dois sectores que continuam a ser preocupantes, a defesa e o meio campo. Quanto à defesa preocupa-me o facto de, pelo 15º jogo consecutívo, a equipa ter voltado a sofrer golo. Esta é uma tendência que se têm verificado este ano e que é bastante preocupante, o Vitória sofre sempre pelo menos um golo. O que dificulta e muito a obtenção de uma vitória. Algo está mal e é necessário compreender porque sofre o Vitória tantos golos. Ter uma boa defesa é o primeiro passo para o sucesso e o Vitória têm que ser capaz de acabar os jogos sem sofrer golos. Sem que isso signifique jogar defensivamente e com um medo constante de sofrer golos. Quanto ao meio campo esse sim parece-me ser o grande problema do Vitória. Temos um meio campo muito lento, que não está a ser capaz de fazer a ligação entre a defesa e o ataque, que evidencia bastantes dificuldades na recuperação de jogo e que é totalmente incapaz de fazer transições rápidas. Para mim o actual problema da equipa reside no sector do meio campo. É um sector que está muito envelhecido, em três jogadores dois têm já mais de trinta anos. Não que para mim isso seja um problema, porque até acho que há grandes jogadores com mais de trinta anos, só que no caso do Vitória a idade notasse e muito. São jogadores que têm muita qualidade só que já não têm velocidade, resistência, capacidade de recuperação ou capacidade de choque e tudo isso se torna muito evidente a cada jogo que passa. Normalmente nota-se sempre uma grande quebra do meio campo durante o jogo e em situações defensivas raramente conseguem ganhar a bola, especialmente se o adversário atacar em velocidade. Depois nas transições ofensivas são normalmente muito lentos, não conseguem sair em velocidade levando a bola porque já não têm essa capacidade e não conseguem criar situações de rotura pois não há grande entrosamento na equipa, o que leva a que cada jogador corra por si e não corra enquanto equipa. O que não permite fazer movimentações colectivas e criar desiquilibrios. Logo neste momento acredito que o Vitória com um meio campo mais competitivo, que tenha maior velocidade, maior capacidade de choque e que seja mais rápido na definição dos lances de ataque, pode fazer mais e melhor do que aquilo que têm feito com um meio campo mais experiente.
   Há ainda um último facto a reter deste último jogo que é o bom momento do Edgar. Um jogador que no início de época foi quase empurrado para fora do clube por Emilio Macedo, e que agora é já o melhor marcador do campeonato. É certo que Edgar nunca foi muito querido junto dos adeptos e é certo que por vezes é também capaz de falhar ocasiões claras de golo, mas a verdade é que actualmente ele é o melhor marcador do campeonato, facto que têm ajudado e muito à recuperação do Vitória.
   Pode por isso dizer-se que de certa forma o resultado obtido na Mata Real foi muito bom, deixou-nos muito felizes mas é de certa forma enganador. Há por isso que pensar que as coisas não vão ser fáceis e que vamos ter que ter uma grande capacidade de sofrimento, pois o Vitória ainda não está em condições de conseguir ganhar e jogar bem. Para já temos é que nos preocupar em conseguir os três pontos, isso é tudo o que interessa agora e depois ir esperando que com os três pontos, jogo após jogo, vá chegando um futebol cada vez melhor.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Sofrimento


   Foi um jogo de muitos nervos e muito sofrimento, mas o resultado foi, finalmente, o que todos esperávamos, uma vitória. A equipa continua a jogar muito mal e continua a não existir um fio condutor de jogo, mas neste momento também não podíamos esperar que as coisas fossem diferentes. Não podiamos querer que, como que por milagre, se começasse a ver repentinamente bom futebol e bons resultados. O regresso às boas exibições será certamente um processo gradual e será natural que numa primeira fase a equipa até possa conseguir bons resultados, sem que jogue bem. Mas na verdade o que mais interessa é a conquista dos pontos isso é que é essencial.
   O Vitória não joga bem e continua a ser desesperante ver a forma como a equipa continua a apostar, de forma sistemática, no pontapé para a frente, mas finalmente conseguiu uma vitória em casa. Na verdade foi até um resultado injusto, pois o Vitória em nada foi superior ao Rio Ave, mas também já por muitas vezes perdemos jogos sendo superiores aos nossos adversários. Só que tal como somos capazes de falar quando o Vitória é claramente prejudicado pelas arbitragens também agora temos que ser capazes de dizer que fomos claramente favorecidos. O penalti que, aos 97 minutos, ditou a nossa vitória não existiu. Aliás até houve mesmo uma falta do Alex nesse lance, temos que saber reconhecer que não devia ter existido esse penalti. Só que na verdade também já esta época perdemos pontos por lances semelhantes contra nós, como no jogo da luz. A verdade é que a vitória contra o Rio Ave era vital e caiu do céu. Os três pontos apenas sorriram ao Vitória por causa desse lance e por causa de uma exibição soberba do Nilson. Ontem o Nilson voltou a ser o Nilson de que todos nos orgulhamos, voltou a ser, sem margem para dúvidas, o melhor guarda-redes do campeonato português. Foram várias as defesas de altíssimo nível e apenas por sua causa o Vitória não ficou em momento algum numa situação de desvantagem.
   Quanto ao jogo em si acho que foi de tão baixo nível que apenas há três notas dignas de registo. Uma para a excelente exibição do Nilson, como já referi. Outra para a enorme qualidade dos dois extremos do Rio Ave o Kelvin e o Atsu, não fossem já jogadores do porto e seriam excelentes reforços para o Vitória. Por fim a terceira e última nota vai para o Edgar, foi arrepiante ver a forma como caiu desamparado no relvado. Felizmente acabou por se verificar que não era nada de tão grave como seria de esperar e provavelmente Edgar nem terá um grande tempo de paragem.
   Pode-se assim dizer que, num pobre espectáculo de futebol, se salvou o resultado. Agora fico com a esperança de que melhores dias virão. Com a esperança de poder ver ainda o Vitória a jogar bom futebol.

sábado, 29 de outubro de 2011

Evidente


   A noite de ontem foi longa e tal como se esperava a Assembleia Geral foi quente. Numa noite em que os vitorianos discutiram, durante mais de seis horas, as contas do cuble houve vários momentos quentes. Mas foi bem evidente que o clube está vivo e que os vitorianos nunca abandonam o Vitória. A Assembleia Geral de ontem à noite foi uma das mais concorridas dos últimos anos, mais de 2500 vitorianos marcaram presença. O que é um sinal claro da preocupação que todos vivemos actualmente com o Vitória. A elevada afluência demonstrou claramente que, os vitorianos apenas andam tristes e desmotivados, mas continuam lá. Actualmente o Vitória é uma força que está adormecida, mas depois do que se viu ontem há sinais evidentes que as coisas estão a mudar e que os vitorianos não desistem. A contestação à actual direcção foi bem evidente e desde de cedo se fez notar. Logo de início os vitorianos não dispensaram a leitura da acta da Assembleia anterior, o que demonstra bem a desconfiança que existia em relação à direcção. Normalmente este primeiro ponto é aprovado por maioria, sem que seja necessário proceder à leitura da referida acta, mas ontem os vitorianos quiseram certificar-se do que lá estava escrito, num claro sinal de desconfiança. Mas isso foi apenas o início e a noite ainda estava a aquecer. De seguida e para grande surpresa minha a aprovação do novo vice-presidente não foi tão fácil como o esperado. Era um ponto que se pensava nem ter discussão, mas na verdade foram muitos os votos contra. Assim se ia afigurando cada vez mais aquilo que viria a acontecer, o chumbo das contas.
   O momento alto da noite foi a discussão do relatório e contas, tema que foi amplamente dissecado pelos vitorianos. A discussão deste ponto demorou mais de quatro horas. Foram quatro horas de forte contestação à actua direcção, mais de quatro horas onde não faltou nada. Desde excessivas manisfestações contra Emilio Macedo, a ataques pessoais feitos a Emilio Macedo e seus pares, passando também por atitudes surpreendentes de Emilio Macedo e alguns elementos dos orgãos sociais do cuble, até uma excessiva intervenção dos associados. Na discussão deste ponto havia um tempo reservado para a intrevenção dos associados, mas na verdade esse tempo foi excessivo. Mais de duas dezenas de associados pediram a palavra e discursaram durante mais de duas horas, o que acabou por tornar esta discussão algo enfadonha, vários temas foram repetidamente colocados e várias perguntas foram exaustivamente repetidas, o que acabou por fazer muita gente abandonar a Assembleia. Mas na verdade essa situação parecia ser do agrado da direcção, pois tentaram retardar o mais possível a votação do relatório e contas. Já na recta final das intervenções surgiu algo absolutamente inacreditável, Raúl Rocha, Vice-Presidente do Concelho Físcal, pediu a palavra e retardou ainda mais a votação. Numa atitude atípica Raúl Rocha fez valer a sua condição de associado e pediu a palavra. Não consigo entender como pode um elemento do concelho físcal pedir a palavra para falar enquanto vitoriano sobre o relatório e contas, isso é vergonhoso. Apenas consigo entender esta atitude numa lógica de atrasar ainda mais a votação. Já passava das duas da manhã quando Raúl Rocha quis falar, o que me faz acreditar que aquele atrasar da votação era do interesse da direcção. Mas não satisfeitos com esta triste figura de Raúl Rocha a direcção brindou-nos ainda com uma outra surpresa, também João Cardoso fez um pequeno discurso antes de dar lugar à votação. Foi vergonhoso, uma tentativa desesperada de atrasar a votação, na esperança que os vitorianos abandonassem o pavilhão. Mas finalmente, já perto das duas e meia da manhã, lá se procedeu à votação do referido relatório e contas. Mas infelizmente dos cerca de 2500 vitorianos que acorreram ao pavilhão já só perto de 1500 é que votaram, resultado da hora tardia a que se realizou a votação. O que não impediu que o resultado da votação fosse categórico, o chumbo das contas foi evidente e não deixou margem para dúvidas. Numa votação tipo 200 a favor e 1300 contra. Como era esperado as contas foram chumbadas e a direcção ficou sem margem de manobra, não lhes resta agora outra alternativa que não a demissão.
   Mas a grande surpresa da noite estava ainda para chegar, depois de ocorrida a votação do relatório e contas, numa altura em que já não restavam mais de 500 vitorianos no pavilhão eis que surge a grande surpresa da noite o discurso de Luis Cirilo. Foi uma grande surpresa, não o discurso que felizmente já é habitual, mas sim o conteúdo do mesmo, Luis Cirilo anunciou que é candidato à presidência do Vitória. Se até agora havia algum receio com a eventual falta de alternativas credíveis, esses receios terminaram ontem. Mas sobre este tema irei escrever um post mais oportunamente.
   Na verdade a Assembleia Geral foi quente e excessivamente extensa, mas são poucas as notas a reter, depois de mais de seis horas de discussão importa referir o seguinte: as contas foram claramente chumbadas, a contestação a Emilio Macedo e seus pares está em níveis nunca antes vistos e finalmente já há alternativas credíveis a Emilio Macedo. Posto tudo isto acho que é mais do que hora de Emilio Macedo sair, já não têm condições mínimas para presidir o Vitória e agora que há uma exccelente alternativa acho que não se deve perder mais tempo. Pois na verdade depois de tudo o que vi ontem apenas há dois caminhos ou Emilio Macedo apresenta a demissão ou muito em breve dará entrada a um pedido de marcação de uma Assembleia Geral para distituição da direcção, que será esmagadoramente aprovado.