Infelizmente o aniversário do Vitória fica, pelo segundo ano consecutivo, manchado por uma falta de amor ao clube tremenda. Mais uma vez esta direcção resolveu, não servir o Vitória, mas sim servir-se dele. Isto é vergonhoso, quem faz este tipo de coisas não merece estar onde está. Enquanto vitoriano sinto-me triste por ver, numa data tão especial para todos nós, alguém servir-se descaradamente do Vitória. Não consigo entender como se pode realizar o aniversário do clube sem ser na sua casa. Não faz, para mim, qualquer sentido realizar um jantar num qualquer outro local que não no estádio ou no pavilhão do Vitória. Enquanto vitoriano sinto-me até ofendido com a escolha do Mitpenha para o realização do referido jantar. Parece-me de muito baixo nível haver dirigentes do Vitória a aproveitarem-se do clube de uma forma tão escandalosa.
Toda esta situação têm de ser pensada e têm de ser parada enquanto é tempo. É bom que de futuro se defina estatutariamente que o aniversário do Vitória terá, sempre, que ser comemorado nas instalações do clube. Para que mais tarde não se diga que, existe uma espécie de tradição de realizar este jantar no Mitpenha. É bom que este seja o segundo, e último ano, em que esta situação vai ocorrer fora das instalações do clube.
Lembro-me de ter ouvido, na última assembleia geral, Luis Cirilo, dizer que deveria ficar estatutariamente proibida a existência de relações comerciais, paralelas, entre os dirigentes e o Vitória. Realmente não podia concordar mais com essa afirmação, essencialmente numa altura em que as coisas chegaram a um patamar tão lamentável. Revolta-me ver esta direcção servir-se do Vitória, utilizar o clube para fins pessoais e para autopromoção.
Paulo Pereira, um benfiquista comprovado, já todos vimos o seu cartão de sócio, é useiro e vezeiro em servir-se do Vitória. Agora levou as comemorações do aniversário do Vitória para o seu restaurante, mas já antes se tinha servido do clube, ao utilizar as imagens de Pedro Mendes e Nuno Assis, para promover um espaço seu. Isto é inademissível, em primeiro lugar o simples facto de ser benfiquista é, para mim, o bastante para que nunca possa ser dirigente do Vitória. Em segundo lugar quem utiliza o Vitória para fins pessoais está claramente a mais no nosso clube. Em terceiro lugar, nunca ouvimos da boca de Paulo Pereira uma ideia ou um projecto para o futebol do Vitória. Em quarto lugar a única vez que resolveu falar, mais valía ter estado calado, pois apenas disse que o Vitória não tinha estaleca para jogar finais. Em quinto e último lugar, para além de tudo isto, já todos vimos que Paulo Pereira não têm capacidade para estar á frente do futebol do Vitória, pois as decisões amadoras vão-se sucedendo.
Todas estas situações têm de ser resolvidas enquanto é tempo. É demasiado grave haver uma direcção que não entende que, para os vitorianos, não existe lugar mais sagrado do que o nosso estádio, a casa do nosso clube. É cada vez mais evidente que nem Emilio Macedo, nem a restante direcção, sabem o que é o Vitória. Eles não sabem o que é ser vitoriano, não sabem como pensam os vitorianos, nem entendem o que representa para um vitoriano receber um emblema de 25 ou 50 anos de sócio. E não entendem porque ninguém nesta direcção têm ou terá um emblema desses tão cedo.
O Vitória não pode continuar entregue a pessoas que não sentem nem entendem o clube. A pessoas que apenas se servem do clube para interesses pessoais. Se calhar podem pensar que, estar a dizer tudo isto por causa do jantar de aniversário ser no Mit penha é excessivo, mas na verdade não é só isso. Isso é apenas mais um exemplo da péssima gestão em que têm estado mergulhado o Vitória, mais um exemplo de que falta alma vitoriana nesta direcção e mais um exemplo de que para além de incompetente esta direcção não serve o Vitória, serve-se do Vitória.
Já vai sendo tempo de, uma vez que eles não têm a dignidade suficiente para se demitir, fazer sair esta direcção. Nós temos esse poder, podemos em assembleia geral pedir a destituição da direcção. Basta para isso que exista um abaixo-assinado com um mínimo de 120 assinaturas, e que 80% dos proponentes estejam presentes. Por vezes quando as coisas se arrastam e as pessoas não têm a dignidade de reconhecer que são apenas uma parte do problema, é necessário mostrar-lhes o caminho da saída. Quanto a esta direcção apenas posso dizer uma coisa, tenho vergonha que algum dia os destinos do nosso clube vos tenham sido confiados.
EMÍLIO MACEDO DA SILVA, RUA!
2 comentários:
muito bem dito!
Infelizmente há coisas que para nós, vitorianos parcem demasiado evidentes...
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