segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Sofrimento


   Foi um jogo de muitos nervos e muito sofrimento, mas o resultado foi, finalmente, o que todos esperávamos, uma vitória. A equipa continua a jogar muito mal e continua a não existir um fio condutor de jogo, mas neste momento também não podíamos esperar que as coisas fossem diferentes. Não podiamos querer que, como que por milagre, se começasse a ver repentinamente bom futebol e bons resultados. O regresso às boas exibições será certamente um processo gradual e será natural que numa primeira fase a equipa até possa conseguir bons resultados, sem que jogue bem. Mas na verdade o que mais interessa é a conquista dos pontos isso é que é essencial.
   O Vitória não joga bem e continua a ser desesperante ver a forma como a equipa continua a apostar, de forma sistemática, no pontapé para a frente, mas finalmente conseguiu uma vitória em casa. Na verdade foi até um resultado injusto, pois o Vitória em nada foi superior ao Rio Ave, mas também já por muitas vezes perdemos jogos sendo superiores aos nossos adversários. Só que tal como somos capazes de falar quando o Vitória é claramente prejudicado pelas arbitragens também agora temos que ser capazes de dizer que fomos claramente favorecidos. O penalti que, aos 97 minutos, ditou a nossa vitória não existiu. Aliás até houve mesmo uma falta do Alex nesse lance, temos que saber reconhecer que não devia ter existido esse penalti. Só que na verdade também já esta época perdemos pontos por lances semelhantes contra nós, como no jogo da luz. A verdade é que a vitória contra o Rio Ave era vital e caiu do céu. Os três pontos apenas sorriram ao Vitória por causa desse lance e por causa de uma exibição soberba do Nilson. Ontem o Nilson voltou a ser o Nilson de que todos nos orgulhamos, voltou a ser, sem margem para dúvidas, o melhor guarda-redes do campeonato português. Foram várias as defesas de altíssimo nível e apenas por sua causa o Vitória não ficou em momento algum numa situação de desvantagem.
   Quanto ao jogo em si acho que foi de tão baixo nível que apenas há três notas dignas de registo. Uma para a excelente exibição do Nilson, como já referi. Outra para a enorme qualidade dos dois extremos do Rio Ave o Kelvin e o Atsu, não fossem já jogadores do porto e seriam excelentes reforços para o Vitória. Por fim a terceira e última nota vai para o Edgar, foi arrepiante ver a forma como caiu desamparado no relvado. Felizmente acabou por se verificar que não era nada de tão grave como seria de esperar e provavelmente Edgar nem terá um grande tempo de paragem.
   Pode-se assim dizer que, num pobre espectáculo de futebol, se salvou o resultado. Agora fico com a esperança de que melhores dias virão. Com a esperança de poder ver ainda o Vitória a jogar bom futebol.

sábado, 29 de outubro de 2011

Evidente


   A noite de ontem foi longa e tal como se esperava a Assembleia Geral foi quente. Numa noite em que os vitorianos discutiram, durante mais de seis horas, as contas do cuble houve vários momentos quentes. Mas foi bem evidente que o clube está vivo e que os vitorianos nunca abandonam o Vitória. A Assembleia Geral de ontem à noite foi uma das mais concorridas dos últimos anos, mais de 2500 vitorianos marcaram presença. O que é um sinal claro da preocupação que todos vivemos actualmente com o Vitória. A elevada afluência demonstrou claramente que, os vitorianos apenas andam tristes e desmotivados, mas continuam lá. Actualmente o Vitória é uma força que está adormecida, mas depois do que se viu ontem há sinais evidentes que as coisas estão a mudar e que os vitorianos não desistem. A contestação à actual direcção foi bem evidente e desde de cedo se fez notar. Logo de início os vitorianos não dispensaram a leitura da acta da Assembleia anterior, o que demonstra bem a desconfiança que existia em relação à direcção. Normalmente este primeiro ponto é aprovado por maioria, sem que seja necessário proceder à leitura da referida acta, mas ontem os vitorianos quiseram certificar-se do que lá estava escrito, num claro sinal de desconfiança. Mas isso foi apenas o início e a noite ainda estava a aquecer. De seguida e para grande surpresa minha a aprovação do novo vice-presidente não foi tão fácil como o esperado. Era um ponto que se pensava nem ter discussão, mas na verdade foram muitos os votos contra. Assim se ia afigurando cada vez mais aquilo que viria a acontecer, o chumbo das contas.
   O momento alto da noite foi a discussão do relatório e contas, tema que foi amplamente dissecado pelos vitorianos. A discussão deste ponto demorou mais de quatro horas. Foram quatro horas de forte contestação à actua direcção, mais de quatro horas onde não faltou nada. Desde excessivas manisfestações contra Emilio Macedo, a ataques pessoais feitos a Emilio Macedo e seus pares, passando também por atitudes surpreendentes de Emilio Macedo e alguns elementos dos orgãos sociais do cuble, até uma excessiva intervenção dos associados. Na discussão deste ponto havia um tempo reservado para a intrevenção dos associados, mas na verdade esse tempo foi excessivo. Mais de duas dezenas de associados pediram a palavra e discursaram durante mais de duas horas, o que acabou por tornar esta discussão algo enfadonha, vários temas foram repetidamente colocados e várias perguntas foram exaustivamente repetidas, o que acabou por fazer muita gente abandonar a Assembleia. Mas na verdade essa situação parecia ser do agrado da direcção, pois tentaram retardar o mais possível a votação do relatório e contas. Já na recta final das intervenções surgiu algo absolutamente inacreditável, Raúl Rocha, Vice-Presidente do Concelho Físcal, pediu a palavra e retardou ainda mais a votação. Numa atitude atípica Raúl Rocha fez valer a sua condição de associado e pediu a palavra. Não consigo entender como pode um elemento do concelho físcal pedir a palavra para falar enquanto vitoriano sobre o relatório e contas, isso é vergonhoso. Apenas consigo entender esta atitude numa lógica de atrasar ainda mais a votação. Já passava das duas da manhã quando Raúl Rocha quis falar, o que me faz acreditar que aquele atrasar da votação era do interesse da direcção. Mas não satisfeitos com esta triste figura de Raúl Rocha a direcção brindou-nos ainda com uma outra surpresa, também João Cardoso fez um pequeno discurso antes de dar lugar à votação. Foi vergonhoso, uma tentativa desesperada de atrasar a votação, na esperança que os vitorianos abandonassem o pavilhão. Mas finalmente, já perto das duas e meia da manhã, lá se procedeu à votação do referido relatório e contas. Mas infelizmente dos cerca de 2500 vitorianos que acorreram ao pavilhão já só perto de 1500 é que votaram, resultado da hora tardia a que se realizou a votação. O que não impediu que o resultado da votação fosse categórico, o chumbo das contas foi evidente e não deixou margem para dúvidas. Numa votação tipo 200 a favor e 1300 contra. Como era esperado as contas foram chumbadas e a direcção ficou sem margem de manobra, não lhes resta agora outra alternativa que não a demissão.
   Mas a grande surpresa da noite estava ainda para chegar, depois de ocorrida a votação do relatório e contas, numa altura em que já não restavam mais de 500 vitorianos no pavilhão eis que surge a grande surpresa da noite o discurso de Luis Cirilo. Foi uma grande surpresa, não o discurso que felizmente já é habitual, mas sim o conteúdo do mesmo, Luis Cirilo anunciou que é candidato à presidência do Vitória. Se até agora havia algum receio com a eventual falta de alternativas credíveis, esses receios terminaram ontem. Mas sobre este tema irei escrever um post mais oportunamente.
   Na verdade a Assembleia Geral foi quente e excessivamente extensa, mas são poucas as notas a reter, depois de mais de seis horas de discussão importa referir o seguinte: as contas foram claramente chumbadas, a contestação a Emilio Macedo e seus pares está em níveis nunca antes vistos e finalmente já há alternativas credíveis a Emilio Macedo. Posto tudo isto acho que é mais do que hora de Emilio Macedo sair, já não têm condições mínimas para presidir o Vitória e agora que há uma exccelente alternativa acho que não se deve perder mais tempo. Pois na verdade depois de tudo o que vi ontem apenas há dois caminhos ou Emilio Macedo apresenta a demissão ou muito em breve dará entrada a um pedido de marcação de uma Assembleia Geral para distituição da direcção, que será esmagadoramente aprovado.
    

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Coincidências


   Finalmente vemos alguma agitação no Vitória. Numa semana que, como já anteriormente disse, pode ser histórica, temos assistido há uma enorme movimentação por parte da direcção. Primeiro foi Emilio Macedo que veio publicamente falar sobre a actual situação do clube e agora foi o Conselho Vitoriano que resolveu dar sinais de vida. Será uma coincidência? Não me parece. Parece-me, isso sim, que estas são actitudes de quem está sériamente preocupado com o futuro. Com o futuro não do Vitória, mas sim com o futuro próprio. Emilio Macedo que diz não estar agarrado ao poder, dá sinais evidentes de o estar. Todas estas situações, que temos visto ao longo desta semana, dão um claro sinal de que Emilio Macedo está receoso que o seu fim no Vitória possa estar próximo.
   De entre as várias declarações que Emilio Macedo fez houve uma que me chamou a atenção, "Faço sacrifícios para estar no Vitória, por isso peço aos sócios para estarem na Assembleia de forma ordeira. Vou dar-lhes as respostas que pretendem.". Esta declaração, feita por Emilio Macedo à Rádio Santiago, chamou-me a atenção por dois motivos. Primeiro Emilio Macedo voltou a mencionar algo que é, para mim, absolutamente incompreensível, o facto de fazer sacrifícios para estar no Vitória. Não consigo compreender, já há muito tempo que Emilio Macedo diz isto e nunca consegui compreender. Não compreendo porque ninguém pediu a Emilio Macedo para estar no Vitória, ele não está a fazer um favor a nínguem. Muito pelo contrário, até lhe agradecíamos que fosse embora. Por isso não consigo compreender porque é que ele diz que está a fazer sacrifícios para estar no Vitória. Então nesse caso o melhor para ele, para o Vitória, e para os vitorianos é que ele saia.  O segundo motivo pelo qual esta declaração me chamou a atenção, foi o facto de Emilio Macedo ter anunciado uma novidade relativamente à próxima Assembleia Geral. Diz Emilio Macedo que vai dar aos sócios as respostas que estes pretendem. Será que finalmente vamos deixar de ouvir as célebres respostas "passa no complexo e pode consultar os documentos" ou então " passa no complexo e eu explico-lhe". Será que finalmente Emilio Macedo vai responder em frente a todos os associados? Sinceramente duvido, mas para bem do Vitória espero que o faça. Parece-me que, para quem não costuma falar publicamente, Emilio Macedo têm agora feito muitas declarações. Pena é que seja necessário o Vitória estar tão mal para ele reagir assim. Durante quase quatro anos e meio de presidência nínguem viu este tipo de atitude, agora já é tarde. E a única saída para toda esta situação é a demissão de Emilio Macedo, quer seja através de um pedido de demissão do próprio, quer seja através de uma destituição.
   Mas estas declarações de Emilio Macedo não são a única novidade que surgiu esta semana. Também o Conselho Vitoriano, orgão que até aqui era práticamente invisível, resolveu dar sinais de vida. Até acho bastante interessante a ideia de realizar uma Conferência Vitoriana. O que acho completamente despropositado é o facto de anunciarem esta iniciativa agora. Durante os quase quatro anos e meio de mandato de Emilio Macedo, nunca ningém os viu fazer ou propor o que quer que fosse, e agora, numa altura em que a contestação à actual direcção é maior do que nunca, aparecem com esta boa ideia. Será coincidência? Não acredito, esta é mais uma forma de tentar iludir os vitorianos, mais uma forma de tentar demonstrar que com a actual direcção se fazem coisas inovadoras e que se pensa nos sócios. Acho vergonhoso este tipo de actitude, o Conselho Vitoriano é um orgão que se quer independente da direcção, e é um orgão que deveria ser superior a este tipo de atitudes mesquinhas e retrógradas. Esta forma dissimulada de apoiar Emilio Macedo é vergonhosa e para além de não enganar nínguem só mancha o nome de um orgão que deve ser um exemplo máximo de vitorianismo. Se tivessem apresentado esta iniciativa noutra altura até acharia muito bem, pois realmente acho que a ideia das Conferências Vitorianas é boa, mas é boa se não for utilizada como uma forma de propaganda dissimulada.
   O facto de estar-mos a assistir, finalmente, a uma direcção que fala e que toma medidas, não me parece uma coincidência. Parece-me é que são cada vez mais visíveis os sinais de que o mandato de Emilio Macedo está a chegar ao fim, e estas reacções da direcção não são mais do que um acto desesperado de quem vê o fim muito próximo.
   Posso por isso dizer, em jeito de conclusão, que as declarações de Emilio Macedo e a atiude do Conselho Vitoriano, não surgem por acaso. Tivesse Emilio Macedo este tipo de atitude durante toda a sua presidência e fosse o Conselho Vitoriano tão participativo e se calhar não estavamos a viver uma situação tão complicada. Agora numa semana decisiva no futuro do Vitória, não me parece que tudo isto surja por mera coincidência. Parece-me é que tudo isto é resultado de uma enorme preocupação com o fim de Emilio Maedo e seus pares à frente do Vitória.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Taça de Portugal



   O sorteio da Taça de Portugal definiu o Aves como o próximo adversário do Vitória. Em teoria até tivemos um sorteio favorável, contra uma equipa de uma divisão inferior e que ainda por cima não obriga a uma grande deslocação. Pode por isso dizer-se que, em condições normais, o Vitória terá tudo a seu favor para passar a eliminatória. Resta não complicar o que não parece ser muito complicado. Mas depois da dificuldade que foi eliminar o Moura há que ter muita atenção e não facilitar minimamente.
   O sorteio foi favorável ao Vitória, tendo colocado no caminho do clube um adversário acessível, que é próximo da cidade de Guimarães e que é muito bem conhecido por todos. Por isso a única possibilidade do Vitória é passar a eliminatória, mesmo podendo-se encontrar algumas dificuldades, motivadas pelo mau momento que o Vitória atravessa , não há outro caminho a não ser a passagem á próxima eliminatória.
   Espero não estar enganado quando olho para o resultado final do sorteio e fico feliz com a sorte que o Vitória teve.

domingo, 23 de outubro de 2011

De mal a pior


   O Vitória vai de mal a pior, a cada semana que passa a crise acentuasse e contrariamente ao que diz Rui Vitória não há o mínimo indício de melhora. Depois de mais uma derrota, frente ao Olhanense, começa a não haver justificação possível para o actual momento do Vitória. A cada jogo que passa as coisas estão piores e Rui Vitória continua a não ter uma equipa tipo, todas as semanas o Vitória inicia os jogos com onzes diferentes, a única coisa que não muda mesmo é o resultado.
   Quanto ao jogo há muita coisa que poderia ser dita, desde a desastrosa exibição do João Paulo, há inacreditável quantidade de ocasioões de golo desperdiçadas, ou a lesão de João Alves, ou ainda a inexistência total de qualquer tipo de rotina, táctica ou estratégia de jogo. Mas não me parece que isso seja, neste momento, o mais preocupante. Todas as semanas falámos desses temas e se não é o João Paulo é o N´Diaye que faz uma exibição vergonhosa, se não for o Soudani a falhar golos inacreditáveis é o Faouzi e assim sucessivamente. Infelizmente temos assistido semana após semana a uma degradação daquilo que acreditamos ser o Vitória.
   É bom entendermos o que têm provocado tudo isto, ao fim de oito jornadas o Vitória está em último lugar e atravessa uma crise que não afecta apenas o futebol, também nas modalidades amadoras se têm sentido esta crise. A actual situação do Vitória é aflitiva, digo isto não só pelos resultados desportivos mas por toda a situação em que está o clube. É que a juntar á actual crise desportiva há ainda uma séria crise financeira. Uma crise que me preocupa até mais que a própria crise desportiva que o clube atravessa, é que infelizmente acredito que a continuar neste caminho o Vitória poderá estar muito próximo da falência.
   Entrámos por isso numa semana que pode ser histórica para o Vitória, na próxima sexta-feira há uma importantíssima Assembleia Geral e no domingo há um jogo de capital importância com o Rio Ave. É por isso chegada a hora de pensarmos sériamente no Vitória. Na próxima sexta-feira é muito importante que a Assembleia Geral seja uma das mais concorridas da história do clube. Vai votar-se o relatório e contas relativo á última época e é necessário entender como pode o referido relatório apresentar um resultado negativo. Num ano em que o clube realizou o maior encaixe financeiro de toda a sua história o saldo final é negativo. Afinal como foi isso possível? E se não vendessem o Bébé, o Vitória ia acabar? Tudo isto são dúvidas que o relatório e contas suscita, e são questões que a actual direcção terá que explicar muito bem.
   Para mim não há dúvida a actual direcção é demasiado má, demasiado incompetente e amadora e os resultados dos seus actos estão á vista de todos. A gestão de Emilio Macedo e seus pares levou o Vitória a apresenter o maior passivo de sempre, mesmo tendo vendido um jogador por 5,4 M€. Isto é algo que é absolutamente inaceitável, já para não falar que a par da situação financeira o resultado desta política levou o Vitória ao último lugar do campeonato. A gestão que esta direcção faz, desportiva e financeiramente, é absolutamente ruinosa. Não podemos compactuar com este tipo de situações, basta.
   Na próxima sexta-feira lá estarei, na Assembleia Geral, por duas razões. Primeiro para chumbar um relatório e contas absolutamente vergonhoso e segundo com a esperança de ver o fim de Emilio Macedo e restante direcção. Pois espero que depois de tudo o que têm feito ao Vitória tenham a dignidade mínima de sair.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Comunicação



   A comunicação no Vitória é um problema que já não é novo, mas é um problema que se têm agravado com o passar do tempo, são cada vez mais os exemplos de uma comunicação confusa, pouco eficaz e algo amadora. No início do seu primeiro mandato, Emilio Macedo, deu até alguns sinais de ter uma preocupação evidente com a comunicação do Vitória. Na altura Emilio Macedo recuperou, bem, o jornal do Vitória e criou as condições necessárias para a criação de um novo projecto, que se viria a realizar já no final do seu primeiro mandato, a Vitória TV. Estas são duas medidas com as quais estou plenamente de acordo, eram dados, na altura, alguns sinais positivos de que havia uma preocupação com a forma de comunicar do cuble. Até aqui as coisas estavam bem e o Vitória estava no bom caminho, procurando modernizar-se e procurando ter uma política de comunicação melhor e mais eficaz. O problema é que desde de então pouco ou nada se têm feito, a comunicação está cada vez pior, a imagem que o clube transmite é cada vez mais amadora e parece não haver ninguém capaz de contrariar esta situação.
   Quando Emilio Macedo foi eleito presidente, pela primeira vez, o Vitória tinha dois responsáveis pela comunicação que eram José Luis Machado e Duarte Magalhães. Pouco tempo depois e em consequência de um apuramento para a pré-eliminatória da Liga dos Campeões, o Vitória contratou um novo director de comunicação, o antigo jornalista da Sport TV José Marinho. As coisas estavam a seguir um caminho lógico e notavasse uma preocupação evidente com a qualidade da comunicação do cuble. Embora na altura muita gente tenha criticado a contratação de José Marinho, alegando que este não era um vitoriano e que por isso não deveria estar á frente da comunicação do cuble. Quanto a mim um director de comunicação não têm que ser obrigatóriamente vitoriano, é melhor se o for, mas não é drama nenhum se não o for. Para mim o que me interessa num director de comunicação é a qualidade do seu trabalho e a eficácia do mesmo. Mas José Marinho acabou por estar muito pouco tempo no Vitória, pelo que foi praticamente imperceptível o trabalho que realizou. Veio pouco antes da pré-eliminatória da Liga dos Campeões e pouco depois da eliminação do Vitória nesta prova foi-se embora. Ou seja a sua passagem pelo Vitória acabou por não ter grandes resultados práticos. Mas infelizmente parece que a saída de José Marinho levou a um quase esquecimento do trabalho que se vinha realizado nesta área. Após a saida deste director de comunicação o Vitória deixou de ter uma tão grande preocupação com a comunicação e o trabalho que se ia fazendo, que estava a levar a comunicação do clube num bom sentido, parece que foi praticamente esquecido. Desde de então a comunicação do Vitória têm sido cada vez mais fraca, mais amadora e menos eficaz, com excepção à criação da Vitória TV.
   Depois deste período inícial, em que parecia haver uma preocupação evidente com a comunicação do Vitória, viu-se um quase esquecimento de tudo o que tinha sido feito. O Vitória já não tinha como director de comunicação José Marinho e também já não tinha Duarte Magalhães que entretanto havia saído do clube. Estava então a comunicação do clube totalmente entregue a José Luis Machado, que contratou para esta área uma acessora, Carla Freitas. Durante algum tempo foram estes os dois responsáveis pela comunicação do clube, que se ia básicamente limitado a realização do jornal e a colocação de notícias no site. O tempo foi passando e a comunicação do Vitória foi ficando cada vez pior. Foi então que regressou a este departamento Duarte Magalhães, depois de um período de ausência o Vitória voltava a contrata-lo. Tendo então ficado o departamento de comunicação do clube à responsabilidade de José Luis Machado, Carla Freitas e Duarte Magalhães, elementos que ainda hoje são os responsáveis pela comunicação do Vitória.
   O problema é que a comunicação do Vitória nunca melhorou, cada vez mais as coisas iam ficando confusas, pouco evidentes e sem uma política. A comunicação têm vindo a piorar e está agora a um nível verdadeiramente amador, á um nível que não é compatível com a grandeza que o clube têm.
   Actualmente são cada vez mais os exemplos do amadorismo a que está entregue a comunicação do clube. No jornal, que é uma boa iniciativa, é frquente verem-se erros ortográficos, na Vitória TV a locução é gritantemente amdora, já para não falar que para além deste dois meios o Vitória apenas comunica através do site. Todos sabemos que nos dias de hoje a comunicação e a imagem são essenciais, um clube que queira ser respeitado, um clube que queira ser grande, um clube que queira ser credível, têm que ser eficaz e competente na sua comunicação. Mas infelizmente o Vitória não é nada disso hoje em dia. Em parte não o é porque a juntar á má getão e aos maus resultados desportivos têm uma péssima comunicação.
   José Luis Machado, que é o principal responsável pelo departamento de Marketing e Comunicação, está constantemente preocupado com a angariação de verbas que permitam fazer face as despesas correntes do clube. Acabando assim por não realizar um bom trabalho nem no Marketing nem na Comunicação. Não se vê José Luis Machado criar uma política de Marketing ou uma política de Comunicação. São duas coisas que no Vitória não existem. Duarte Maglhães que devería ser o acessor de imprensa do clube também não faz um trabalho eficaz. É frequente vê-lo junto dos jogadores, ou nas salas de imprensa, mas na verdade um acessor de imprensa deveria ter uma preocupação maior em estar junto da comunicação social, e em criar uma boa relação com os orgãos de comunicação social, do que aparecer junto dos jogadores. Já para não falar que o Vitória é, cada vez mais, um clube eclético, devendo por isso o acessor de imprensa ter uma preocupação com todas as modalidades e não só com o futebol. Por fim a Carla Freitas parece-me que se limita a cumprir as ordens que lhe vão sendo dadas. É a responsável pela fraca locução da Vitória TV e vai colocando umas notícias no site.
   Parece-me que estes três responsáveis já estão á demasiado tempo à frente da comunicação do clube, assim como me parece também evidente que o trabalho por eles realizado é demasiado fraco para aquilo de que o clube necessita. Está na hora de o Vitória ter uma comunicação eficaz, uma comunicação moderna e acima de tudo uma comunicação profissional. Não consigo, enquanto vitoriano, compreender que o Vitória pague três ordenados a pessoas que manifestamente são incapazes de realizar um bom trabalho.
   Por fim dou apenas alguns exemplos que me parecem sintomáticos do estado a que a comunicação do clube chegou. Recordo-me da recente deslocação que o Vitória fez à Dinamarca, para jogar a pré-eliminatória da Liga Europa, e recordo-me da imagem triste que a comitiva vitoriana transmitiu no aeroporto. Apareceram em todos os canais de televisão imagens da equipa do Vitória no aeroporto, mas não fossem as legendas e nem se iria entender que equipa era aquela. É que não havia uma jogador com o fato oficial do clube, ou pelo menos com a roupa de estágio. Não havia nada os jogadores apareciam com uns pólos brancos e umas camisolas pretas mas sem qualquer tipo de identificação, em nenhum sitio se via o emblema do Vitória ou a simples inscrição VSC. Uma clara imagem de que a comunicação do clube estava a falhar. Depois há um outro exemplo que me ficou igualmente na memória, um exemplo que ocorreu no recente jantar de aniversário do Vitória. Como seria normal nesse mesmo jantar estavam presentes vários jornalistas, pelo que seria normal ver-se José Luis Machado ou Duarte Magalhães junto dos mesmos, numa espécie de operação de charme. Mas não nem um nem outro lá estavam, preferiram ficar numa mesa junto da equipa de futebol e junto da direcção. Uma medida que me parece completmente errada, uma vez que a primeira e única preocupação de um acessor de comunicação deverá ser a criação de uma boa relação com a imprensa. Por último outro exemplo da inexistência de uma politica de comunicação é a entrevista de Soudani ao jornal O Jogo. Mais uma vez deveria ter havido uma preocupação do departamento de comunicação em preparar o jogador para a sua nova realidade, o Vitória. Os jogadores deveriam ter uma politica de comunicação que regulasse o que dizem à imprensa. Deveria ser explicado, essencialmente aos jogadores novos, que tipo de coisas devem dizer, que temas devem e não devem abordar e a forma como o devem fazer.
   Este problema que actualmente vivemos na comunicação do Vitória é apenas um espelho daquilo em que se está a transformar o Vitória, um clube sem regras, sem rumo, sem líder, sem estrutura e com um claro défice de competência. Está por isso na hora de mudar-mos o destino do Vitória, está na hora de destituir esta direcção e está na hora de profissionalizar-mos todos os departamentos do clube. Não podemos continuar com tanto amadorismo no Vitória.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Soudani


   As declarações de Soudani que vêm hoje publicadas no jornal O Jogo são uma clara falha na comunicação do Vitória. Como a grande maioria das coisas a comunicação do Vitória também não passa por um período muito bom e estas declarações de Soudani apenas vêm comprovar isso mesmo. Não há uma política de comunicação definida no Vitória. Não há ninguém que seja capaz de estabelecer uma estratégia de comunicação e que prepare os jogadores para o contacto com a imprensa. Num clube como o Vitória, que têm grande mediatismo e que frequêntemente têm jogadores a conceder entrevistas, seria de esperar que existisse uma politica de comunicação e que se preparassem mínimamente os jogadores antes de eles falarem com a comunicação social, mas isso não acontece. Como muitas outras situações a comunicação, vai ficando esquecida e não há nenhum profissionalismo nesta área, cada um diz o que quer e como quer, sem que exista uma estratégia definida.
   Soudani é um jogador jovem, que veio de outro campeonato,de outro continente e que está ainda há relativamente pouco tempo no Vitória, por isso é até de certa forma natural que não tenha ainda entendido bem o que é o Vitória e qual a forma de pensar dos vitorianos. Não culpo por isso o jogador, por dizer que têm o desejo de jogar no Porto e no Chelsea. Foi um erro de alguém que não entende ainda muito bem o meio onde está, e que não foi minimamente alertado para a realidade do Vitória. Pode até, de certa forma, dizer-se que estas declarações são algo ingénuas. Primeiro porque não me parece de todo lógico que um jogador fale em jogar no Chelsea quando apenas marcou dois golos ao Moura. Depois porque tenho a certeza que um jogador que conheça bem a realidade vitoriana nunca falará em jogar em qualquer outro clube portugês que não o Vitória. Acho por isso que o grande problema evidênciado nesta entrevista é a péssima comunicação que o Vitória têm.
   Estas declarações não caem bem junto dos vitorianos e eram perfeitamente evitáveis, bastava para isso que o Vitória tivesse um departamento de comunicação minimamente eficaz. Espero que com estas declarações se aprenda que é necessário definir uma estratégia de comunicação e que é do mais elementar profissionalismo preparar os jogadores quando estes vão falar com a comunicação social. É que é a imagem do Vitória que está em jogo, e não me parece correcto que um clube, que quer ser grande, tenha os seus jogadores a dizer que querem jogar noutros clubes.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Será Possível


   Este comunicado está colocado na montra da loja oficial do Vitória, no estádio. Será possível o Vitória ter chegado a níveis de amadorismo tão elevados? Quando vi este comunicado nem quis acreditar, mas infelizmente é mesmo verdade, o Vitória não utiliza os números e letras, oficiais da Liga, para estampar as camisolas. 
   Um clube que têm uma marca oficial registada, não deveria fazer este tipo de coisas, pois isto é no mínimo muito pouco ético, já para não dizer que é verdadeiramente vergonhoso. O clube vende produtos oficiais da marca Vitória, e já, por mais do que uma vez, realizou campanhas de sensibilização para a não aquisição de produtos não oficiais. Mas infelizmente são os primeiros a dar um mau exemplo, com o uso de productos não oficiais. Não faz qualquer sentido comprar uma camisola oficial do Vitória e depois ter um qualquer número, ou uma qualquer letra , que não são oficiais, estampados nas costas. Com isto o Vitória apenas incentiva, qualquer Vitoriano, a ir estampar a sua camisola a um qualquer sitio onde a estampagem seja mais barata. Ficando com isso claramente prejudicados o Vitória e os vitorianos. O Vitória porque deixa de ganhar dinheiro com as estampagens, porque vê a sua imagem afectada com esta medida vergonhosa e porque desvaloriza o valor da marca Vitória. Os vitorianos porque ao irem á loja do clube e ao comprarem as coisas nos devidos locais não estão a ser correctamente servidos, estão alias a ser claramente prejudicados. Estão a comprar algo que não é oficial a preço do que é oficial, e ao darem ao Vitória dinheiro pela estampagem os vitorianos estão a obter um resultado exactamente igual ao que obtiveram todos aqueles que resolveram estampar as suas camisolas num qualquer outro sitio. Já para não falar que as estampagens que o Vitória realiza nas camisolas são inestéticas e de fraca qualidade. Já não bastava os produtos oficiais do clube serem cada vez de menor qualidade, e agora ainda se junta á fraca qualidade do produto componentes não oficiais. Mas afinal onde irá parar o Marketing do Vitória?
   Resta agora saber-se onde foi o Vitória buscar os números e letras que vai estampar e quem é que está a ganhar dinheiro com esta vergonhosa medida. A cada dia que passa se torna mais evidente que actual direcção do Vitória apenas está a destruir o clube, temos que parar esta situação. É tempo de pensar no Vitória e de o devolver a um caminho de crescimento. Basta de Emilio Macedo.

Preocupante


   O jogo da terceira eliminatória da Taça de Portugal, frente ao Moura, foi um jogo bastante preocupante. Após uma paragem competitiva de 15 dias esperava-se mais do Vitória, mas o que se viu foi uma equipa que pouco ou nada evoluiu desde o último jogo com o Sporting. Ontem as fragilidades do Vitória foram por demais evidentes. Ninguém esperava um jogo tão complicado contra um modesto adversário, mas na verdade a eliminação do Vitória esteve muito próxima. Foi evidente que a equipa continua em má forma e que há ainda um sem número de aspectos que têm que ser trabalhados.
   Ontem as preocupações começaram logo aos 17 minutos, com a saída de Maranhão por lesão. Mais uma vez o Vitória voltou a ter um jogador lesionado ao fim de pouco mais de 15 minutos de jogo. Esta é uma situação que se vai tornando cada vez mais preocupante, cada vez há mais lesões e curiosamente quase todas são lesões musculares. Não consigo compreender como têm sido isto possível, não se consegue prevenir este tipo de lesões? Não é de todo normal, ver um tão grande número de lesões musculares em tão pouco tempo. Acho que já vai sendo tempo de o Vitória repensar a preparação física dos seus jogadores. Estas situações não podem repetir-se tão frequentemente, acabando o Vitória por ficar constantemente privado dos seus jogadores. Mas este é apenas uma das preocupações que ficou claramente evidente no jogo de ontem. Outra das fragilidades que foi muito evidente foi a fraca finalização. Contra um adversário da 2ª Divisão, o Vitória necessitou de 17 cantos e 35 remates a baliza para fazer 2 golos. Isto é muito grave, uma equipa profissional não pode falhar tanto. Não serão certamente muitos os jogos em que o Vitória terá tantas oportunidades, é necessário trabalhar muito bem este aspecto da finalização. Uma equipa que não consegue marcar golos normalmente não têm grandes resultados e depois isso torna-se evidente no final da época, normalmente com resultados catastróficos.
   Foi gritante a falta de entrosamento do Vitória, a incapacidade revelada de realizar jogadas, de fazer combinações, de criar desiquilibrios, em suma, foi gritante a incapacidade revelada de jogar futebol. Mais uma vez o Vitória assentou muito do seu jogo no pontapé para a frente. O que não é de todo compreensível tendo em conta que o adversário era evidentemente inferior. O tempo que Rui Vitória já leva no comando técnico da equipa devería ser suficiente para que a equipa estivesse já a um outro nível. Ver o Vitória assim é um espectáculo deprimente, um espectáculo a que infelizmente parece estar-mos condenados. Não há sinais de uma melhoria, e nem o facto de ontem o adeversário ser o modesto Moura, alterou esta irritante forma de jogar do Vitória. Rui Vitória apostou naquele que é normalmente o onze titular do Vitória, com excepção da titularidade de Soudani, e a equipa por pouco não foi eliminada por uma equipa da 2ª Divisão. Como é isto possível? É que até agora sempre se socorreram da dificuldade que o calendário evidenciava, para desculparem os maus resultados obtidos, mas e agora qual é a desculpa? Tiveram 15 dias para treinar, para recuperar o que estava menos bem e não foram minimamente pressionados, mas as coisas não melhoraram nada. Mas afinal o que se passa? Andam a gozar com os sócios? Ou é só pura incompetência, incapacidade e falta de valor da equipa? Não sei qual será o motivo para que o Vitória jogue tão mal, mas espero que decubram rapidamente o que se está a passar, é que a continuar assim o futuro avizinha-se basante negro.
   Não quero terminar esta postagem sem deixar uma palavra para o Moura. Equipa que me surpreendeu bastante pela positiva. É certo que não fizeram um jogo muito vistoso e que também não tiveram muitas oportunidades de golo, mas a diferença entre as equipas já fazia prever um jogo quase de sentido único. No entanto o Moura soube aproveitar as poucas oportunidades que teve e soube ser uma equipa solidaria e sofredora. Parece-me que esta equipa do Moura é bastante interessante para ser uma equipa da 2ª Divisão. Têm alias um jogador de que gostei particularmente o número 9, Hugo Firmino. Um jovem jogador português de apenas 22 anos e que deu bastante trabalho á defesa do Vitória. Mas há ainda um outro pormenor que gostaria de realçar quanto à equipa do Moura, que é o desportivismo que demonstraram durante todo o jogo. Não vieram jogar a Guimarães remetidos à defesa, é certo que tinham vários jogadores a defender, mas não colocavam onze jogadores atrás da linha da bola. Também não fizeram o que habitualmente muitas equipas fazem em Guimarães, queimar tempo. Não se viram jogadores do Moura a simular lesões, nem se viu o guarda-redes a demorar na reposição da bola. Já para não dizer que também Fernando Piçarra não utilizou as famosas substituições para queimar tempo. Esta atitude do Moura é digna de registo, pois demonstraram que vinham a Guimarães para jogar o jogo pelo jogo. Quem sabe se tivessem simulado umas lesões e perdido algum tempo nas reposições de bola, se a sua sorte não seria outra. É que o Vitória só conseguiu empatar aos 89minutos e 30 segundos, se eles tivessem queimado algum tempo se calhar o Vitória não empatava.
   Mas quanto aquilo que se viu do Vitória fiquei ainda mais preocupado, pois a verdade é que nem contra um adversário claramente inferior o Vitória foi capaz de realizar um bom jogo. Agora depois deste jogo, e dos vergonhosos 120 minutos, de que o Vitória necessitou para conseguir eliminar o Moura, não aceitarei de forma alguma que um eventual cansaço possa servir de justificação para um resultado menos conseguido frente ao Olhanense.
   Há muita coisa que têm que ser revista neste Vitória e nós vitorianos temos que pensar seriamente no futuro do nosso clube.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

O Quase Presidente


   Emilio Macedo da Silva ficará na minha memória como o Quase Presidente. Se os presidentes do Vitória fossem recordados por cognomes, tal como eram os Reis de Portugal, estou certo que Emilio Macedo seria o Quase Presidente. Ao longo de quase quatro anos e meio de mandato, Emilio Macedo da Silva, teve já várias oportunidades de alcançar feitos inéditos para o Vitória. Em alguns casos conseguiu-o e noutros não. Mas na verdade todos os grandes feitos alcançados, durante os mandatos de Emilio Macedo, foram aqueles em que ele não teve intervenção directa, pois sempre que interveio os acontecimentos não passaram disso mesmo de quase grandes feitos.
   Há uma série de circunstâncias que me levam a ver Emilio Macedo como o Quase Presidente. Por diversas vezes, e de forma consecutiva, o Vitória foi perdendo oportunidades verdadeiramente únicas para crescer. Nos últimos anos foram diversas as ocasiões em que chagamos quase lá. O que é pena é que nunca saímos do quase, nunca conseguímos chegar verdadeiramente ao objectivo.  Durante estes mandatos há um infindável número de razões que me levam a considerar Emilio Macedo o Quase Presidente. Algumas das razões que me levam a ver este presidente dessa forma são:
   Quase conseguiu o apuramento para a fase de grupos da Liga dos Campeões.
   Quase conseguiu, por duas vezes, o apuramento para a fase de grupos da Liga Europa.
   Quase conseguiu vencer a Taça de Portugal.
   Quase conseguiu vencer a Super Taça.
   Quase não tinha jogadores emprestados pelo Benfica esta época.
   Quase contratou N´Djeng e Carlão.
   Conseguiu quase cumprir o que disse no caso de Vasco Santos. Lembro-me de ouvir Emilio Macedo dizer que com ele o Sr. Vasco Santos não iría sair do Vitória. Mas depois a apenas, estratégicos, 15 dias do final de contracto de Vasco Santos, Emilio Macedo demitiu-o. É que as eleições estavam á porta e como é sabido Vasco Santos não era do agrado de muita gente.
   Emilio Macedo quase nos fez acreditar na competência de Luciano Baltar. Digo quase porque não esqueci ainda um comunicado da direcção do Vitória, emitido a 23-11-2007. Nesse mesmo comunicado Emilio Macedo e toda a restante direcção, á data em funções, diziam, sobre Luciano Baltar, coisas como: Acusavam Luciano Baltar de ser o responsável por o trabalho não estar ainda concluído. Diziam eles que, tal facto era resultado de uma incompreensível falta de empenho, em entregar de forma atempada e completa as informações e documentos que lhe eram solicitados. Terminavam ainda esse mesmo comunicado referindo que, o Sr. Luciano Baltar tinha uma inadmissível falta de cultura democrática. A verdade é que depois de tudo isso Emilio Macedo voltou a convidar Luciano Baltar para a sua direcção, e exactamente para as mesmas funções que este tinha desempenhado antes.
   Este presidente ao longo dos últimos quatro anos e meio, quase entendeu o que é o sentimento vitoriano, e a forma apaixonada como todos nós vivemos o Vitória. Digo quase porque na verdade se o tivesse realmente entendido não teria tomado certas atitudes como as que tomou. Atitudes como as de vender lugares anuais de sócios do Vitória a simpatizantes do Benfica. Ou atitudes como as de emprestar, por mais do que uma vez, o nosso estádio ao Benfica, para que estes pudessem treinar. Ou ainda como levar o aniversário do Vitória para instalações que não são do clube.
   O actual presidente esteve também perto de conseguir cumprir uma das suas maiores bandeiras eleitorais na sua primeira eleição. Quase conseguiu ser transparente nas negociações de jogadores. Quase conseguimos saber quais os reais valores resultantes das compras e vendas de jogadores. Recordo que, referindo apenas dois casos, todos continuamos a espera de saber quais foram o proveitos, reais, das vendas de Geromel e de Bebé. 
   Com este presidente surgiu ainda uma nova situação, a que nós vitorianos não estamos habituados. É que agora o Vitória quase é respeitado pelos outros clubes. Antigamente eramos respeitados e até mesmo temidos, mas agora somos quase respeitados. Recordo-me de dois casos bem recentes. Primeiro o famoso acordo de cavalheiros que Emilio Macedo assinou com o Braga. Quase conseguiu não ser humilhado pelo Braga depois desse deprimente episódio. Segundo o quase respeito que o Sporting teve pelo Vitória ao cancelar o jogo de apresentação. Quase somos respeitados pelos outros clubes.
   Mas se olhar-mos para as modalidades as coisas não melhoram, os quase continuam.  Emilio Macedo quase estava presente, no jogo em Espinho, quando o Vitória se sagrou Campeão Nacional de Volley. Assim como quase esteve presente quando o Vitória foi Campeão Nacional de Futebol de Praia, ou quando o Vitória venceu a Taça de Portugal de Basquetebol. Emilio Macedo quase esteve presente neste momentos historicos. Já para não falar na sua incoerência, quase todos os anos, Emilio Macedo, fala em acabar com uma destas modalidades, mas depois prometeu, nas duas eleições a que se candidatou, construir um novo pavilhão. Mas afinal para que quer ele construir um pavilhão se quer acabar com as modalidades.
   Por fim e para não alongar muito mais o texto, porque exemplos destes, infelizmente, não faltam, basta reparar na foto que ilustra este post. A gestão de Emilio Macedo têm sido tão eficaz que chagámos ao cúmulo de a comunicação social quase acertar no nome do Vitória.
   Já chega de quases. Não quero ver mais um quase Vitória, quero ver um Vitória forte, respeitado, competente, capaz e vitorioso. Está na hora de dizer-mos basta, está na hora de destituir-mos esta direcção e devolver o Vitória a um caminho com futuro. Porque um Quase Presidente não é, não foi, nem nunca será capaz de transformar o Vitória no grande clube com que todos sonhamos.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Jorge Afonso


   Finalmente está encontrado o sucessor de Júlio Mendes, o escolhido foi, Jorge Afonso associado 9782. Este é o novo vice-presidente para a área de património e marketing. Não conheço este associado, nem a sua forma de trabalhar, pelo que me resta desejar que seja extremamente competente nesta sua nova função.
   A substituição de Júlio Mendes foi certamente bastante mais demorada do que Emilio Macedo esperava e mais demorada do que aquilo que todos nós queríamos. Também não foi tão mediatica, como Emilio Macedo esperava, mas finalmente está feita. Agora há que dar tempo a Jorge Afonso para que possa começar o seu trabalho e possa demonstrar aos vitorianos de que é capaz.

sábado, 8 de outubro de 2011

Patético


   O comunicado enviado pela Associação Amigos do Vitória á agência Lusa é, para mim, absolutamente despropositado e patético. Não compreendo com que moralidade e autoridade esta associação emite comunicados. Enquanto vitorianos todos os membros desta associação têm o direito de ter a sua opinião sobre os mais diversos assuntos relativos ao Vitória, não têm é o direito de lançar comunicados para a comunicação social denegrindo a imagem do cuble. A opinião dos membros desta associação é, para mim, tão válida como a opinião de qualquer outro vitoriano, mas só isso e nunca mais do que isso. Não posso por isso aceitar que estes senhores se achem donos da moral e da razão.Nem posso nunca aceitar que exponham, na comunicação social, assuntos internos do Vitória, que apenas ao clube e aos vitorianos dizem respeito. É por atitudes como esta e por associados como estes que o Vitória chegou á situação a que chegou, foram este tipo de atitudes que levaram o Vitória ao descrédito em que hoje se encontra. Porque um clube forte constrói-se discutindo os seus assuntos internos com calma e elevação nos locais adequados e entre vitorianos.
   Como já aqui defendi acho que é sempre de evitar expor o clube á comunicação social, é algo que em nada favorece o Vitória e é algo que apenas nos retira credibilidade. Não se admirem depois que as grandes marcas não queiram patrocinar o Vitória, ninguém quer estar associado a um clube em que acontecem situações destas.
   Mas a Associação Amigos do Vitória consegue, quanto a mim, chegar a um nível de ridículo absoluto, por vários motivos. Vamos lá ver, primeiro dizem que: " Este tipo de acções em nada dignifica o clube e colocam em causa a acção de continuidade de gestão e compromissos que estes estão sujeitos". Primeiro não entendo como é possível dizer-se que o cumprimento de uma medida estatutariamente prevista não dignifica o clube. Penso que os estatutos servem para reger o clube, e que todas as clausulas e alíneas constantes do mesmo são para ser integralmente cumpridas. Não vejo nisso qualquer problema, nem consigo entender em que é que isso não dignifica o clube. Depois o facto de o cumprimento desta clausula pôr em causa a, acção de continuidade de gestão, como dizem estes senhores, parece-me evidente. Esta clausula existe para isso mesmo, os vitorianos apenas ponderam convocar a Assembleia Geral extraordinária, porque estão descontentes com a actual politica de gestão do clube. Não vejo por isso como podem eles alegar que esse facto serve para que não se convoque a dita Assembleia. Se o que é pretendido é precisamente acabar com a actual politica de gestão do cuble. O facto de esta medida interromper a actual politica de gestão do clube é precisamente o motivo de se ter chegado a esta situação. Os vitorianos não querem mais continuar assim e por isso querem um nova politica de gestão.
   Para além disto a Associação Amigos do Vitória consegue ainda entrar em contradição neste comunicado. Dizem primeiro que "O momento actual da equipa requer tranquilidade", depois dizem que " Caso esta medida seja levada a cabo e marcada a Assembleia Geral extraordinária, convocaremos os nossos 1845 sócios para votarem contra esta medida". Se o que a equipa necessita actualmente é de tranquilidade não compreendo porque vão eles convocar os associados, quanto a mim isso apenas irá aumentar a intranquilidade. Como aliás este próprio comunicado, se eles acham que o melhor neste momento é termos tranquilidade, este comunicado não vêm em nada apaziguar a situação, antes pelo contrario. Mas para além desta evidente contradição, vejo algo ainda mais grave nesta parte do comunicado. A forma como esta associação diz convocar os seus membros, parece uma clara incitação á guerra, das que eram feitas noutros tempos. Não me parece nem de bom tom referir isso, nem democrático. Porque esta associação não se pode esquecer que tendo 1845 membros, estes são livres de pensarem como muito bem entenderem e que entre esses 1845 membros haverá também certamente quem concorde com a distituição da direcção. No Vitória sempre tivemos respeito democrático e sempre soubemos, com maior ou menor facilidade, aceitar aquilo que a maioria decide e isso não vai ser esta associação a alterar. Cada vitoriano é livre de pensar o que muito bem entender, e não há associação alguma que vá instruir os vitorianos a votarem de uma maneira ou de outra. No Vitória sempre existiu democracia e continuará a existir, agrade isso ou não ao Sr. António Lopes.
   Por fim acho lamentável que uma associação venha desta forma tentar defender uma direcção, e tentar intimidar os vitorianos, dizendo que têm um determinado número de votos. Compreendo que certamente há vários motivos que os levam a temer a saída deste presidente, especialmente ao Sr. António Lopes, que deve ver toda esta situação com enorme preocupação. Motivo pelo qual emitiu um comunicado em nome da associação a que preside. Não compreendo é, em nome de quê, se julga a Associação Amigos do Vitória capaz de lançar um comunicado criticando uma iniciativa de associados vitorianos. Porque quanto a mim não há ninguém nesta ou em qualquer outra associação que seja mais ou menos vitoriano, que qualquer outro vitoriano. Somos todos vitorianos e como tal temos que saber respeitar todas as opiniãoes, concordemos ou não com elas. Mas compreendo que esta situação foi causada por uma ilusão, que certos privilégios, causaram ao Sr. António Lopes. Habituado que está a ser alvo de tantas atenções, por parte da direcção, este Sr. receia que a direcção possa ser distituida e que com isso possam acabar os ditos privilégios. Motivo que o levou aliás a realizar este comunicado, que não serve mais do que para, uma vez mais bajular Emilio Macedo.
   Felizmente os vitorianos não se deixam iludir por este tipo de iniciativas, e estou certo que irão optar por aquilo que conscientemente acharem melhor para o clube,seja isso o que for. Isto caso haja a Assembleia Geral extraordinária. Eu enquanto vitoriano já aqui exprimi qual é a minha ideia sobre o assunto e já manifestei que tenho uma posição favorável a distituição. Mas se os vitorianos optarem pelo outro caminho, mais não tenho do que aceitar e continuar a lutar por um Vitória cada vez melhor.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Possíveis Candidatos


   A distituição da direcção vai sendo por estes dias o tema central de todas as conversas vitorianas, pelo que é bom olhar em frente e tentar entender quem, num cenário de eleições antecipadas, poderiam ser os candidatos. Houve um jornal nacional que avançou com estes quatro nomes, Luis Cirilo, Pimenta Machado, Pinto Brasil e Luis Miguel Freitas. Já todos demonstraram vontade e disponibilidade para avançarem, caso surjam as eleições antecipadas e caso as condições reunidas o permitam.
   O primeiro a assumir essa mesma vontade foi Luis Miguel Freitas, um sócio que era até há bem pouco tempo desconhecido da maioria dos vitorianos. Não encaro a sua eventual candidatura como algo sério, até porque o próprio foi o primeiro a admitir que se aparecerem candidaturas mais fortes ele desiste. Tenho no entanto respeito pela posição que tomou, pois compreendo-o. Compreendo que não queira realmente ser candidato, mas compreendo também que esta sua iniciativa serviu apenas para despertar consciências. Para demonstrar a Emilio Macedo e seus pares que eles não estão a fazer um favor a ninguém, que o Vitória não se esgota neles. Vejo por isso a posição de Luis Miguel Freitas como o lançamento de um alerta. Uma luta contra a situação que se estava a instalar no Vitória. Mas não consigo ver neste associado mais do que isso. Até porque nada sei sobre ele e porque não acredito que seja capaz de levar uma candidatura até ao fim.
   Quanto aos três nomes restantes, acho que já devem ser vistos de uma outra forma. Acredito que todos eles podem levar uma candidatura até ao fim e acredito que todos eles podem ter legitimas expectivas em ganhar.
   Pinto Brasil foi o candidato derrotado das últimas eleições, facto que me leva a ter algum respeito por ele, na verdade foi a única alternativa que existiu a actual direcção. E isso não deve ser esquecido, devemos lembrar-nos que já na altura ele alertava para o perigo de reeleger Emilio Macedo. Mas para mim o problema de Pinto Brasil é que este não será melhor que Emilio Macedo. A forma como têm atacado o Vitória e Emilio Macedo nos últimos tempos parece-me completamente despropositada. E o discurso de Pinto Brasil parece-me muito inconsequente, a forma como vai falando não me parece que seja a mais adequada para um presidente do Vitória. Muitas vezes até têm razão no que diz, mas a forma como o diz descredibiliza-o. Não me parece por isso que Pinto Brasil pudesse ser uma boa alternativa. Num momento complicado da vida do Vitória é necessário ter credibilidade, e Pinto Brasil não me parece ser a pessoa indicada para credibilizar o clube.
   Pimenta Machado foi, para mim, o melhor presidente que conheci no Vitória. Foi um presidente que deu um inegável contributo para o crescimento do clube. Históricamente o Vitoria deve-lhe muito e não devemos ser ingratos, temos que ter a capacidade de ver a obra que Pimenta Machado deixou no clube. Foi um dos maiores simbolos do futebol nacional e durante os seus mandatos o Vitória cresceu muito, consolidou-se como um clube de topo em Portugal. Era um presidente com uma personalidade muito forte e que muitas vezes entrava em choque com os adeptos, mas a verdade é que conseguiu grandes feitos para o Vitória e isso não deve ser esquecido. Mas quanto a mim a sua eventual candidatura não passa, uma vez mais de uma ilusão. Não acredito que se candidate.  Mas mesmo que o fizesse acho que o seu tempo já passou. Foi um grande presidente, disso não há dúvida, mas como em tudo as pessoas têm um ciclo, e o de Pimenta no Vitória já acabou. Aliás o maior erro que eu acho que Pimenta cometeu nos anos em que presidiu o Vitória foi o de não ter saído mais cedo. Acredito que o seu último mandato já foi excessivo. Pelo que nunca iria votar para o seu regresso.
   Por fim o último nome que surge é Luis Cirilo. Um nome que já várias vezes foi falado mas que nunca resultou numa candidatura. Tal como Pinto Brasil, Luis Cirilo nas últimas eleições concorreu também contra Emilio Macedo e também ele nos alertou para o perigo de uma reeleição. Têm sido desde então uma das principais vozes na oposição a esta direcção e têm sido, de entre todos os referidos, o único que têm optado por falar em Assembleias Gerais, que são o local indicado para os sócios exporem os problemas do clube. Nunca optou por criticar abertamente esta direcção, nem nunca contribuiu para qualquer factor destabilizador, mas também nunca se calou defendendo sempre aquilo que acreditava ser o melhor para o Vitória. Este é para mim o candidato ideal, se decidir avançar Luis Cirilo terá o meu voto. Digo isto porque Luis Cirilo é para mim uma referência de vitorianismo. O seu amor pelo Vitória é já conhecido desde há muito tempo e a forma como fala do clube e como relata toda a sua história são impares. Para mim Luis Cirilo têm três caracteristicas que fariam dele um grande presidente. Primeiro aprendeu muito com aquele que foi, para mim, o melhor presidente do Vitória que conheci Pimenta Machado. E isso da-lhe alguma experiência, que pode ser essencial para que não seja surpreendido pelo traiçoeiro mundo do futebol. Segundo têm uma capacidade retorica acima da média, com ele finalmente vamos ter orgulho em ouvir alguém defender o Vitória. Isso ficou aliás bem provado no programa A Bola é Redonda onde Luis Cirilo soube sempre defender muito bem o nosso clube, mesmo nas alturas mais complicadas. Terceiro Luis Cirilo é um profundo conhecedor do Vitória e da realidade vitoriana. Já foi durante vários anos dirigente do clube e é já associado de longa data. É dos poucos, entre os antigos dirigente, que podemos encontrar nas bancadas do nosso estádio e muitas vezes de outros estádios onde joga o Vitória. Sempre viveu o clube de uma forma apaixonada e isso aliado a tudo o que referi faz dele o candidato ideal. Com ele vamos finalmente ter um vitoriano á frente do nosso clube. Digo por isso, sem qualquer dúvida, que este será o meu candidato, será a minha primeira escolha.
   Falta-nos agora dar início ao caminho que começa com a distituição desta direcção e a luta por um Vitória melhor.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Gravíssimo


   As declarações de João Cardoso, presidente da assembleia geral, á Rádio Santiago são de uma enorme gravidade. O representante máximo dos sócios não pode fazer declarações como estas. Ele não têm que dar a sua opinião ou fazer juízos de valores como os que fez. Enquanto presidente da assembleia geral o que se pede a João Cardoso é que seja o mais imparcial possível, não queremos um presidente da assembleia geral que está sistematicamente a defender a actual direcção e a dizer que os sócios não têm razão. Enquanto vitoriano João Cardoso pode e deve ter a opinião que quiser sobre todos os assuntos relativos ao Vitória, o que ele não pode é vir enquanto presidente da assembleia geral falar publicamente desta forma. Já ontem saiu num jornal nacional a opinião do presidente da assembleia geral do Vitória, algo de que não gostei mas que até ignorei, pois achei que de certa forma ele o pudesse ter feito mais como um desabafo. Mas perante as declarações que estão hoje disponíveis no Guimarães Digital, entendo que afinal não era nenhum desabafo, João Cardoso estava mesmo a ser deliberadamente parcial, estava a defender a direcção perante uma posição dos associados, algo que não é ético para um presidente de uma assembleia geral.
   De entre várias coisas que João Cardoso disse, sobre a marcação de uma assembleia geral extraordinária e sobre a eventual distituição da direcção, registei as seguintes:
1 "Não concordo com essa decisão, não vejo qualquer enquadramento que justifique eesa iniciativa";
2 " Parece-me desadequado o timing";
3" Há uma comissão que está a trabalhar na revisão dos estatutos, e tenho a certeza que um dos aspectos que será apresentado aos sócios será precisamente esse. Parece que a direcção do clube está sempre sujeita a chicotadas psícológicas. Cento e vinte pessoas permitirem-se convocar uma assembleia para distituir a direcção é completamente descabido";
4"Contribuem para esses folclores"
   Estas declarações não me parecem dignas de um presidente de uma assembleia geral. Até tinha boa imagem de João Cardoso, parecia-me uma pessoa sensata, que procurava analisar calmamente as situações e que não gostava de grandes agitações. Mas afinal estava muito enganado, pois na verdade João Cardoso é igual aos membros da actual direcção do Vitória. Está constantemente a bajular Emilio Macedo, não respeita os associados e faz declarações completamente despropositadas tendo em conta o lugar que ocupa. Quanto aos quatro pontos que destaquei, das declarações de João Cardoso, tenho algumas notas.
Quanto ao primeiro ponto, tal como já referi, João Cardoso têm enquanto vitoriano direito a ter a opinião que muito bem entender, não pode é expressa-la publicamente na qualidade de presidente da assembleia geral. Concordando ou não com esta iniciativa o que João Cardoso deveria ter dito, enquanto presidente da assembleia geral, era qualquer coisa do tipo: " Não me chegou ainda nada, pelo que não há qualquer assembleia geral extraordinária marcada. Quando me chegar qualquer documento irei analisa-lo, ver se está de acordo com o que é exigido pelos estatutos e se não houver nenhum impedimento procederei a marcação da referida assembleia.". Este seria o tipo de declaração que se esperava ouvir de um presidente da assembleia geral.
Quanto ao segundo ponto que destaquei, não compreendo se depois de quatro anos de sucessivas asneiras desta direcção não é tempo de tomar esta iniciatica, então quando será? Quando já for tarde de mais?
Relativamente ao terceiro ponto, que destaquei, há várias coisas que me deixaram incrédulo. Estas declarações mais parecem de um membro de um governo ditatorial, do que do presidente da assembleia geral do Vitória. Aqui é anunciado que perante esta situação, a possível convocação da assembleia geral extraordinária, estão já a ser tomadas medidas para que isso não volte a acontecer. Como se questionar a direcção e pôr em causa o seu trabalho fosse proíbido. João Cardoso mostrou-se mesmo indignado com a atitude dos sócios, parecia que pôr em prática esta alinea dos estatutos era um sacrilégio.  Neste ponto João Cardoso chega mesmo a criticar os próprios estatutos do clube, dizendo que é completamente descabido convocar esta assembleia com apenas cento e vinte assinaturas. Nunca um presidente de uma assembleia geral pode dizer que nos estatutos há um qualquer ponto que é descabido. Isto é gravíssimo, um presidente da assembleia geral que diz que os estatutos são descabidos. Mas é ainda mais grave porque, numa tendência claramente parcial, João Cardoso apenas faz esta afirmação porque neste caso específico os estatutos não servem o interesse desta direcção. Por fim João Cardoso faz ainda alusão ao facto de a direcção estar sujeita a uma chicotada psicológica. O que João Cardoso deveria pensar é que, nunca em 89 anos de história, uma direcção esteve sujeita a esta medida dos estatutos, nem mesmo quando o clube desceu de divisão. E que não venha dizer que apenas cento e vinte assinaturas num universo de mais de vinte mil associados é que permitem isso, porque na verdade aquele que é hoje um universo de mais de vinte mil associados, já foi no passado um universo de mais de trinta mil associados, e não foi por isso que qualquer outra direcção foi sujeita a esta medida. Se esta direcção está na eminência de ser sujeita a esta medida é única e exclusivamente pela incompetência que têm evidenciado.
 Finalmente quanto ao quarto e último ponto que destaquei, parece-me que uma atitude tão séria e grave, como a que os sócios estão a tomar, não é nenhum folclore. Já para não falar que me parece de extremo mau gosto, o presidente da assembleia geral, classificar uma atitude de preocupação dos associados como um folclore.
   Se já estava mais do que certo que o caminho se fazia distituindo esta direcção, depois destas declarações apenas fiquei com mais certeza de que o Vitória merece muito mais e muito melhor.

Assembleia Extraordinária


   O tema Assembleia Geral têm sido, por estes dias, o tema central nas conversas vitorianas. Muito se têm falado sobre este tema e muitas opiniões se têm ouvido. O curioso é que há uma Assembleia Geral marcada para dia 28 deste mês, mas não é dessa Assembleia que se fala, essa Assembleia que têm como pincipal objectivo a votação do Orçamento e Contas está votada ao esquecimento. Fala-se isso sim de uma hipotética Assembleia que poderá acontecer a pedido dos sócios, com o ponto único de destituição da direcção. Digo hipotética porque, embora acredite que esta Assembleia vá mesmo acontecer, enquanto as condições necessárias para a realização da mesma não estiverem reunidas, a Assembleia Geral extraordinária, não passa disso mesmo uma hipotética Assembleia.
   A realização de uma Assembleia Geral extraordinária é um assunto que me deixa algo apreensivo. Tal como já aqui defendi acredito que esta direcção têm que ser responsabilizada pela má gestão que têm feito e como também já anteriormente disse acho que se Emilio Macedo e a restante direcção não têm a dignidade de sair pelo próprio pé, então têm que ser os vitorianos a mostrar-lhes o caminho da saída. E a única forma que os vitrianos têm para o fazer é através de uma Assembleia Geral extraordinária. Mas este tema deixa-me apreensivo porque, embora compreenda que actualmente a Assembleia extraordinária seja necessária, tenho algum receio que esta medida extrema possa ser de alguma forma vulgarizada. Para se tomarem medidas destas é necessário ter alguma cautela. Não podemos correr o risco de transformar uma medida de último recurso, numa prática habitual. Pois isso sim seria o fim do Vitória, se por qualquer mau resultado ou mau início de época se convocasse uma Assembleia para distituição da direcção. Devemos recordar-nos que nunca no Vitória uma direcção foi destituida, nem mesmo quando o clube desceu de divisão. Isso serve para que se entenda que esta medida terá que ser uma medida excepcional, e que nunca em circunstancia alguma a mesma possa passar a ser um prática comum no Vitória.
   Mas neste caso concordo plenamente com a realização desta Assembleia. Acho que já foi dado demasiado tempo a Emilio Macedo para que este apresenta-se outros resultados. A situação actual do Vitória têm-se vindo a arrastar há já bastante tempo e os erros actuais já não são novidade, são decalcados de erros que esta mesma direcção cometeu no passado. Por isso acho que está na hora de os vitorianos defenderem o Vitória e destituírem esta direcção.
   O facto que me leva a concordar com esta iniciativa não é a actual má época que o Vitória têm feito, é todo um conjunto de decisões que esta direcção têm tomado nos últimos anos. Decisões como: as alianças feitas com o Benfica; a falta de transparência nos negócios do clube; a má gestão desportiva e financeira; a crescente falta de ambição que se têm verificado; a falta de defesa do Vitória quando este é sistematicamente prejudicado; o facto de haver na direcção sócios de outros clubes; a insistência em pessoas como Vasco Santos ou José Pereira; o celébre acordo de cavalheiros com o Braga ou ainda a triste história contada por Miguel Salazar na última Assembleia Geral. Estes são alguns dos motivos que me levam a concordar com esta medida.
   Acho no entanto que é também necessário pensar no futuro, pois destituir esta direcção é o início do caminho mas não é tudo. É preciso pensar em alternativas e pensar se há alguém capaz de fazer mais e melhor. Porque se não houver então esta iniciativa não terá qualquer sentido. Quanto a mim acho que sim, acho que há certamente alternativas e há quem seja capaz de fazer muito mais e muito melhor. Mas isso é assunto que deixo para outro post.
   Resta agora reunir todas as condições necessárias á realização da Assembleia e encontrar uma alternativa válida a Emilio Macedo.

O Aviador


   O Aviador é um filme de hollywood do ano de 2004, um filme que chegou a ganhar quatro óscares. Mas nã é desse filme que eu quero falar é de Mauricio Saucedo, o jogador do Vitória.
   Mauricio Saucedo é, para mim, cada vez mais um mistério. Foi um jogador que o Vitória contratou durante a última Copa America e que de início me criou alguma expectativa. Era um jogador internacional, do qual pouco ou nada se sabia, mas que estava a representar a sua selecção, numa prestigiada prova de selecções. Era por isso expectável que fosse um bom jogador. Pelo menos cumpria um critério que é sempre do agrado dos vitorianos, era internacional. Mas devo também confessar que a ilusão que inícialmente esta contratação me causou, foi diminuindo quando vi que afinal em toda a Copa America Saucedo não jogou um único minuto. É certo que era internacional e que estava a representar o seu país, mas afinal não era um indiscutível. Continuei no entanto com a expectativa que fosse um bom jogador, mas a verdade é que com o passar do tempo continuo a saber muito pouco sobre este jogador. Continuo sem saber se têm ou não qualidades, continuo sem entender porque não joga no Vitória e começo a não entender porque foi o Vitória contrata-lo.
   Para mim Mauricio Saucedo é provavelmente o maior mistério de todo o plantel. Não compreendo se não joga por Rui Vitória não contar com ele, ou se não joga por ainda estar num natural período de adaptação. A verdade é que começo, cada vez mais, a desconfiar que esta contratação terá sido um erro de casting, porque nem quando há dois extremos lesionados, Urreta e Paulo Sérgio, ele é convocado. De início ainda ia para o banco, mas agora já nem convocado é e isso leva-me a crer que provavelmente a sua contratação possa ter sido um erro. Só que o mistério em torno de Saucedo não se esgota na sua actual situação no Vitória, é também, para mim, um mistério o facto de continuar a ser sistemáticamente convocado para a selecção. Não compreendo como pode um jogador que não é convocado no seu clube ser convocado para a selecção.
   Escolhi como título desta postagem O Aviador porque na verdade Saucedo passa mais tempo em viagens de avião do que a jogar futebol, o que é curioso. Porque no Vitória Saucedo apenas jogou 20 minutos e na selecção apesar de ser habitualmente convocado não costuma jogar.
   Permanece assim o mistério em torno deste boliviano, que ainda ei de conseguir descobrir se é ou não um bom jogador.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

O Problema


   O problema actual do Vitória têm origem numa pré-época que foi a vários níveis muito má. Actualmente a equipa está a pagar os erros que se cometeram durante a pré-época. Desde de início que as coisas não estão bem. A época começou muito cedo, o Vitória tinha de disputar duas pré-eliminatórias europeias e por isso deu início aos trabalhos mais cedo do que é normal. Até ai não há problema nenhum, devia era haver vantagens, pois teoricamente o Vitória poderia assim criar rotinas mais cedo e podia adequirir ritmo competitivo mais cedo. Mas infelizmente o que se verificou foi que, a única coisa que começou mais cedo foram as trapalhadas e incompetências da direcção.
   Primeiro houve o célebre caso N´Djeng, que demonstrou desde logo o extremo amadorismo a que estava condenado o Vitória. Depois foi a vez de o Sporting anular o jogo de apresentação que estava já marcado há mais de um ano. Mais uma situação que esta direcção não soube resolver. Perante o cancelamento deste jogo a direcção foi á pressa arranjar forma de participar no torneio Pedro Pauleta nos Açores. Coisa que, para mim, não foi mais do que um erro, prque se não vamos lá ver, este torneio decorreu a apenas poucos dias da primeira pré-eliminatória europeia. Algo que desde logo desaconselhava de todo a realização das viagens aos Açores naquelas datas. Mas para além disso o que ganhou o Vitória com a participação neste torneio? Nada, o Vitória não só não ganhou um único jogo, contra a Académica ganhou nos penalties, como ainda teve jogadores lesionados, como Paulo Sérgio. Ou seja esta solução de última hora, arranjada para substituir o jogo com o Sporting, foi em tudo má.
   Mas as coisas não se ficaram por ai e os erros continuaram a suceder-se a uma velocidade vertiginosa. Colocaram-se uma série de jogadores no mercado. Uns saíram, outros foram emprestados e outros ficaram na equipa. Alguns dos que foram vendidos ainda agora tenho dúvidas se não seriam úteis á equipa. Caso do Renan Garcia, jogador que tinha estado emprestado ao Beira-Mar e que tinha até reallizado uma boa época. Dos que foram emprestados, quase todos formados no clube, acho que alguns tinham lugar no plantel. Casos do João Amorim, do Vitor Bastos, Gonçalo ou do João Ribeiro. Acho que qualquer um destes jogadores teria lugar no actual plantel do Vitória, já para não falar que todos os que referi são portugueses e estavam já adaptados á equipa, não necessitando por isso de um período de adaptação. Por fim temos o estranho caso dos jogadores que foram dispensados, depois reentegrados no plantel e depois até emprestados. Como o Edgar, o Renan e o William. No primeiro caso, o do Edgar, o jogador foi afastado da equipa e colocado no mercado, contra a vontade de Manuel Machado. Essa colocação de Edgar no mercado afastou-o de jogos tão importantes como a final da Super Taça, ou a primeira mão da eliminatória com o Atlético de Madrid. No segundo caso, o Renan foi colocado no mercado por existir um desentendimento com o seu empresário, Jorge Beideck. Mas como não se conseguiu arranjar colocação para o jogador ele ficou, mas não foi inscrito no campeonato desde o início. Só que agora passou de dispensado e não inscrito no campeonato a titular. Por fim no terceiro caso, o do William, aconteceu algo verdadeiramente inacreditável, o jogador foi dispensado, depois devido a evidente falta de pontas de lança foi reentegrado e por fim foi emprestado. Mas isto foi apenas o que aconteceu com os jogadores que já vinham da época anterior.
   A juntar a toda esta situação houve ainda uma necessidade estranha de contratar um número anormal de jogadores. Jogadores que muitas vezes iam chegando a conta-gotas e sem que se conseguisse entender se eram realmente reforços ou não. Muitos dos jogadores que foram chegando durante a pré-época vieram de outros continentes e de outros campeonatos, pelo que se impunha um período mínimo de adaptação destes jogadores a uma nova realidade. Era necessário que se adaptassem ao estilo de futebol europeu e a sua nova realidade, o Vitória. Mas isso exigia tempo e tranquilidade, duas coisas que não existiam no Vitória. Não havia tempo porque as eliminatórias europeias e a final da Super Taça estavam á porta. Não havia tranquilidade porque existia uma enorme azafama de entradas e saídas de jogadores. Aqueles que eram os companheiros de hoje, podiam já não ser os de amanhã e como é natural isso dificulta a adaptação a um novo clube.
   A pré-época estava por isso tranformada num turbilhão de acontecimentos, que causavam alguma confusão e indefinição quanto ao futuro imediato da equipa. Mas por incrível que possa parecer isto não era tudo, ao mesmo tempo que tudo isto ia acontecendo houve ainda lugar para as novelas em torno dos regressos de Pedro Mendes, Nuno Assis e Fernando Meira. Algo que veio também agitar a pré-época vitoriana. Muito se falou sobre o regresso destes três jogadores e existia uma vontade enorme em que se realizassem os três regressos. Mas por entre vários recuos e avanços apenas regressaram Pedro Mendes e Nuno Assis. Sendo que Nuno Assis veio já numa altura em que o Vitória tinha perdido a Super Taça e em que o Vitória estava já eliminado das competições europeias.
   Assim se foi passando toda uma pré-época atípica, em que era praticamente impossível preparar uma equipa para um campeonato que teria um início anunciadamente muito exigente. Mas quando todos pensávamos que finalmente as coisas estavam a tomar um rumo, e que finalmente o Vitória tinha acalmado, eis que surge mais um caso nesta atribulada pré-época, o caso Carlão. Um jogador que foi dado como certo no Vitória, mas que acabou por ir para outro clube, tal como havia acontecido com N´Djeng. Só que desta vez o caso era ainda pior, o jogador foi desviado pelo Braga. Mais um caso que levou ao desespero os vitorianos e que deixou a nú as incompetências desta direcção.
   Finalmente a pré-época acabou e todos estes casos tinham ficado para trás. O Vitória já tinha pago um preço demasiado elevado por tanta incompetência, tinha sido eliminado da Liga Europa e tinha perdido a final da Super Taça. Era hora de olhar em frente e tentar minimizar os estragos que estavam feitos. Mas eis que surgiu mais um factor destabilizador, Manuel Machado demitiu-se. Quanto a mim esta saída de Manuel Machado apenas peca por tardia, mas a verdade é que isso voltou a agitar a equipa.
   Estes são os vários problemas que levaram o Vitória á posição em que actualmente se encontra. É por tudo isto que o Vitória actuaalmente não existe como equipa, é por tudo isto que em 12 jogos oficiais o Vitória têm 8 derrotas, 2 empates e 2 vitórias.
   Mas este é apenas o problema actual do Vitória, o problema que explica porque somos a equipa que pior futebol joga na primeira liga e porque é que o Vitória dos 21 pontos já disputados no campeonato apenas somou 4. Mas para além deste actual problema, que é preocupante, o Vitória têm ainda um outro problema, igualmente preocupante mas mais grave que o actual. Esse problema é a direcção que o Vitória têm. E é um problema mais grave que o actual porque, se não for resolvido irá permitir que estes erros, a que temos assistido, se vão repetindo. E podem depois causar uma situação que difícilmente seja revertível. Não podemos por isso continuar a conviver com esta situação, temos que ser capazes de resolver este problema, que se vai arrastando e alastrando como um cancro.
   Basta ver-mos que se tiver-mos um pouco de atenção ao passado recente do clube, facilmente encontrámos uma situação em tudo idêntica á actual. Se pensarmos no último apuramento europeu do Vitória, notámos que essa época foi muito parecida com a actual. Na altura o Vitória apurou-se para a Liga dos Campeões e também ai as coisas correram mal, por manifesta incompetência da direcção, que era a mesma direcção que está actualmente no Vitória. Já na altura o Vitória teve um mau início de época, tendo também jogado duas eliminatórias europeias, uma para a Liga dos Campeões e outra para a Liga Europa, e foi eliminado nas duas. Isso aconteceu na altura, tal como hoje, porque existiu também uma má planificação da época. Vendeu-se na altura um jogador como o Geromel, perdeu-se um jogador como o Alan por causa das alianças com o Benfica e deixou-se sair o Ghilas por causa de um desentendimento na renovação. Tendo-se colmatado estas saídas com as grandes contratações de Wenio e Gregory, jogadores que vieram a custo zero e que eram manifestamente pouco para as ambições que o Vitória teria que ter na altura. Ou seja mais uma vez o Vitória só não foi mais longe por clara incompetência e amadorismo desta direcção.
   Os erros são muito claros e vão-se repetindo, está aos olhos de todos aquilo que esta direcção está a fazer ao Vitória. O que o Vitória têm perdido por culpa do amadorismo, da incompetência e da falta de ambição desta direcção é muito claro. Resta-nos por isso decidir se queremos continuar assim, ou se queremos de uma vez por todas dar o salto, voltar a ver o Vitória como uma equipa temível que é respeitada em todos os campos onde joga e que joga sempre para ganhar. A solução é fácil, basta-nos dizer, chega, e indicar a Emilio Macedo e seus pares o caminho da saída. Depois têmos que ter mais cabeça e mais cuidado quando escolher-mos a próxima direcção. É que mais uma escolha como esta, mais uma direcção como a actual e o Vitória poderá nunca mais recuperar de tanta incompetência.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Mais um


   Nuno Assis é o novo cliente do departamento médico do Vitória, o médio teve uma lesão muscular na coxa direita. Esta lesão irá impedir Nuno Assis de participar nos próximos treinos, não devendo no entanto afastar o jogador dos próximos jogos, que estão ainda bastante longe, devido á paragem do campeonato.
   O que é estranho em toda esta situação é o número elevado de lesões musculares que os jogadores do Vitória têm sofrido. Era bom que se entende-se qual é o factor que está a causar todas esteas lesões. Certamente algo de errado está a ser feito na preparação física dos jogadores. A época ainda vai curta e o número de lesões musculares já é estranhamente elevado, algo têm de estar errado. Desde o início da pré-época já tiveram lesões musculares, Toni, Alex, Pedro Mendes, João Alves, Bruno Telles, Paulo Sérgio, Maranhão, Urreta e agora o Nuno Assis. Sendo que alguns destes jogadores já tiveram mais do que uma lesão muscular. Isto não é normal, são demasiadas lesões em pouco tempo. É preciso entender se o mal está nos jogadores, ou se está em algum exercicio físico que estes realizem. Porque as coisas não podem continuar assim, já não está fácil o campeonato para o Vitória e com estas lesões constantes fica ainda mais difícil.
   Espero que descubram rapidamente o motivo de todas estas lesões e que dentro de pouco tempo o Vitória não tenha mais jogadores com lesões musculares.

Merchandising


   O merchandising do Vitória é o espelho da direcção que o clube têm. Há poucos produtos á venda na loja do clube e uma variedade praticamente nula. Por estes dias entrar na loja do Vitória é desolador, é mais o espaço que está vazio do que aquele que está ocupado com produtos. Transparecendo a imagem de uma loja esquecida ao abnadono, que vai tendo o apenas indispensável. Não se pode aceitar que ao comprar uma camisola se tenha que esperar, mais de uma semana, para que coloquem um nome na mesma. Certamente isso acaba por fazer com que muitas pessoas não comprem a camisola, pois querem-na na hora, ou então compram-na sem ter o nome estampado, não fazendo o Vitória o dinheiro relativo á estampagem. Mas isso é apenas um dos problemas, outro é a inexistência de equipamentos de guarda-redes para venda. Como é sabido o Nilson é um dos jogadores mais acarinhados pelos vitorianos, por isso há muita gente que gostaria de comprar a sua camisola, mas tal não é possível pois esta não existe para venda. Quanto a isso cheguei mesmo a ouvir uma solução caricata, que foi apresentada a um miudo que na loja do Vitória perguntava pela camisola do Nilson. Disseram-lhe que camisolas do Nilson não existiam, mas que compra-se uma das da frente e que estampa-se o número 1 que já dava. Isso é ridiculo e o Vitória devia ter vergonha de dizer isto a quem quer comprar uma camisola de guarda-redes do clube.
   É sabido que a paixão dos vitorianos pelo Vitória é enorme e que muitas vezes estes gostariam de adequirir produtos do clube, só não o fazem porque esses produtos não existem. Todos nós já fomos á loja á procura de alguma coisa que se pudesse oferecer num aniversário, ou numa despedida de solteiro, ou até mesmo a um bebé recém-nascido, mas invariavelmente todos saímos de mãos a abanar. Não há nada que o Vitória tenha para vender nestas ocasiões. É inaceitável não ter-mos uma linha de produtos infantis e uma linha de produtos para bebé. O Vitória têm um enorme potencial de mercado mas não o sabe aproveitar. A prova disso é que quando é colocado a venda um novo produto, que tenha qualidade, o mesmo esgota rapidamente e depois nunca existe uma reposição de stock.
   Já tive a oportunidade de visitar algumas grandes lojas de clubes, tais como: a loja do Barcelona, do Real Madrid, do Atlético de Madrid, do Chelsea e até mesmo algumas em Portugal como as do Benfica e Sporting. Todas elas demonstram a preocupação que os clubes têm hoje em dia com a venda de merchandising, pois a venda destes productos é uma importante fonte de receitas. Em todas as lojas que visitei tive a oportunidade de encontrar vários produtos, para vários públicos e com as mais infindáveis utilidades. Tive também a oportunidade de verificar que em todas elas estava sempre gente a comprar produtos e que havia produtos com enorme saída. Mas infelizmente a única loja onde já entrei diversas vezes sem que ninguém estivesse a realizar uma compra foi a loja do Vitória. E isso muitas vezes apenas acontece porque o Vitória têm muito pouca coisa para vender.
   Escolhi para ilustrar este post uma imagem onde coloquei alguns produtos que vários clubes vendem, escolhi apenas produtos que o Vitória não têm, e que para mim seriam certamente um sucesso de vendas. Nesta imagem podemos ver desde mochilas escolares, a material escolar, a havaianas, pantufas, pijamas, roupa para recém-nascido, biberões, chupetas, jogos de cartas, jogos de setas, gravatas, entre outros. Acredito que qualquer um destes produtos, se feito com qualidade, seria um sucesso de vendas. Os vitorianos gostam de ter produtos do Vitória e gostam de poder usar material do clube nas mais diversas situações do dia a dia. Pena é que haja quem não entenda isso e que prefira ter uma loja na situação lamentável que o Vitória têm.
   A loja do Vitória pode transformar-se numa importante fonte de receitas do clube. Basta para isso que se compreendam três coisas: um há que ter mercahndising variado e com qualidade, dois é essencial realizar uma aposta forte no marketing e três é necessário que a direcção entenda o potencial que esta área de negócio têm.