quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Basta


   Mais uma vez viveu-se hoje um momento negro na história do clube. Um momento que foi motivado por toda a instabilidade e tensão vividos há já vários meses em torno do Vitória e da sua direcção. O ambiente está cada vez mais complicado, a tensão em torno da equipa é cada vez maior e chegámos a um ponto em que já não há mais margem de manobra. Esta direcção prova, de forma evidente, dia após dia que não é digna do Vitória. Não compreendem os vitorianos, não entendem a real dimensão do clube e perante momentos tão complicados nada fazem. É de lamentar que depois dos incidentes de hoje ninguém tenha ouvido o Presidente ou qualquer um dos Vices falarem. A reacção do Vitória perante uma situação tão grave resume-se a um simples comunicado. Um comunicado que estou certo não foi escrito por Emilio Macedo, e também não deve ter sido escrito por nenhum dos vice-presidentes. Provavelmente deve ter sido da responsabilidade de João Martins. Isso não é digno de um grande clube. Nesta altura já todos deveriamos ter visto e ouvido uma reacção oficial do Vitória. Só que ao que parece não há quem queira dar a cara por estes dias, é que até a apresentação de Rui Vitória ficou a cargo de José Pereira, um funcionário do clube. Mas então onde estava Emilio Macedo? Ou Paulo Pereira? Pelo menos um dos dois tinha obrigação de estar presente, ou o Presidente ou o Vice-Presidente para o futebol, seria o mínimo.
   Mas o que se pode afinal dizer? Infelizmente esta direcção já nos habituou a não dizer nada, a não estar presente e a deixar o vitória á deriva. Mesmo condenando de forma clara os incidentes de hoje, acho que a direcção têm a sua quota parte de responsabilidade no sucedido. A forma como gerem o clube e o silêncio permanente a que se remetem, deixa transparecer uma certa impunidade no Vitória. Foi esse mesmo sentido de impunidade que hoje permitiu que as coisas chegassem ao nível a que chegaram. Estou certo de que havendo uma outra postura, havendo claramente alguém com pulso firme hoje não teríamos assistido a um espectáculo tão triste. Se alguém já tivesse vindo falar, se alguém tentasse compreender os sócios, se não deixassem o clube no habitual marasmo, isto hoje não tinha acontecido. Ninguém quer ajudar mais a ultrapassar este momento do que os vitorianos, só que é preciso alguém que aponte um caminho e comande o clube rumo ao sucesso. Enquanto vivermos nesta anarquia, em que Emilio Macedo nos deixou, nunca iremos ter sucesso.
   Digo por isso, mais uma vez, está na hora de Emilio Macedo ter vergonha e pedir a demissão. Já chega, todos já entendemos que ele é incapaz de nos retirar desta situação, por isso que saia. Ele e todos os que com ele vieram para o Vitória. Parece que só Emilio Macedo não vê o mal que esta a fazer ao Vitória. Ou será que está a espera que um dos seus mentores lhe diga para sair. É que se é isso eles não vão dizer. Luis Filipe Vieira, nunca lhe dirá para sair. Não dirá porque deve estar certamente muito feliz com aquilo que têm sido a presidência de Emilio Macedo, e têm enquanto adversário do Vitória razões para isso, pois cada vez incomodamos menos o clube dele. Depois o outro mentor de Emilio Macedo, Jorge Mendes, também nunca lhe dirá para sair. Pois em boa verdade para Jorge Mendes é bom ter Emilio Macedo no Vitória, sempre dá para ir fazendo uns negócios. Mas se não dizem eles dizemos nós vitorianos EMILIO MACEDO RUA.

Baptismo de Fogo


   Hoje Rui Vitória orientou o seu primeiro treino em Guimarães, lamentávelmente um treino que fica na memória e não pelas melhores razões. Pode dizer-se que Rui Vitória teve um baptismo de fogo no Vitória. Entrou corajosamente, numa altura conturbada da vida do clube, e teve uma recepção que certamente não esperava. Uma recepção que o terá certamente alertado para os tempos difíceis que se avizinham. Se Rui Vitória não soubesse já que o Vitória é um clube especial, onde se vive o dia a dia do clube de uma forma intensa, até por vezes exagerada, rapidamente o teria entendido hoje. Espero que este lamentável incidente não o tenha assustado, que lhe tenha apenas demonstrado que em Guimarães mora um clube único, com adeptos desesperados por uma mudança no rumo do clube.
   Quando antes do treino as bancadas do complexo se enchiam, todos pensávamos que esta seria mais uma grande demonstração de amor e dedicação ao Vitória. Um sinal de que, apesar dos tempos difíceis que vivemos, continuámos ao lado da equipa. Tudo se encaminhava nesse sentido, mas infelizmente um grupo de associados resolveu estragar a tarde e demonstrar o que de pior há no futebol. É certo que foi um pequeno grupo, um grupo que está muito longe de representar o que pensam os vitorianos. Mas a verdade é que infelizmente este pequeno grupo conseguiu manchar a tarde. Num momento difícil em que é absolutamente imperioso estar-mos unidos e tirar-mos o clube do buraco negro em que se encontra, este tipo de atitudes só vêm complicar. É certo que estamos cansados de perder e que estamos fartos do amadorismo evidênciado por esta direcção, mas é também certo que não são este tipo de atitudes que nos vão levar a um bom caminho. Enquanto vitoriano só posso recriminar este tipo de atitudes. São atitudes bárbaras, irreflectidas e reprováveis a todos os níveis. Este tipo de comportamentos apenas envergonha os vitorianos.
   Não condeno no entanto que se tenham expulso, do complexo, vários jornalistas e orgãos de comunicação social. Isso eu não condeno, porque já todos estámos fartos do comportamento da comunicação social para com o Vitória. Há um desrespeito continuo e total por parte da comunicação social para com o Vitória. Nunca querem saber do Vitória, habitualmente chamam-nos Guimarães, em claro sinal de desrespeito pelo clube e apenas parecem saber onde fica o complexo em uma de duas situações, ou quando há jogo com os três do costume, ou quando o clube vive momentos complicados. Essas são as únicas alturas em que a comunicação social aparece em peso no complexo. Ou porque vamos jogar contra um dos três e ai eles vêm ver não o Vitória mas o adversário de A, B ou C. Ou então nas horas complicadas lá aparecem eles para mostrar que os adeptos do Vitória são violentos, que são um conjunto de mentecaptos ou sei lá o que mais. Por isso digo que esses senhores da comunicação social nunca são bem vindos. Na hora que quiserem fazer um trabalho sério e imparcial serão muito bem recebidos por todos, até lá agradecemos que andem bem longe.
   Quanto ao treino de Rui Vitória gostaria de deixar apenas uma pequena nota. Mais uma vez viu-se que a grande maioria dos vitorianos está com a equipa, foi bonito ver, numa altura tão complicada, tanta gente num treino para apoiar e incentivar a equipa. Todos queremos o bem destes jogadores, pois o bem deles é o nosso bem. Notou-se claramente que os vitorianos acreditam em Rui Vitória. E hoje ele teve a prova de que não têm apenas este plantel para dar a volta a situação, ele têm ao seu dispor toda a família vitoriana. Todos o iremos apoiar, para conseguir levar o Vitória de volta a um bom caminho.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Luis Cirilo


   De acordo com uma notícia avançada hoje, pelo Expresso do Ave, Luis Cirilo teria aceite um convite para ocupar a vaga deixada em aberto pela saída de Julio Mendes. Foi uma notícia que me apanhou de surpresa e que me deixou algo preocupado. Porque sempre vi em Luis Cirilo um grande vitoriano e já, por diversas ocasiões, verifiquei que está em desacordo com a política de gestão de Emilio Macedo. Fiquei por isso bastante surpreendido com a notícia avançada por este jornal. Esperei no entanto uma confirmação dessa notícia através de outros sites, inclusive do site oficial do Vitória, algo que não aconteceu. Vejo agora, através do blog O Vimaranes e da rede social Facebook, que afinal essa notícia carece de veracidade. Fico assim mais descansado, pois a ser verdade esta notícia seria uma enorme falta de coerência. Luis Cirilo já por diversas vezes demonstrou não acreditar nesta direcção, prova disso é que concorreu contra ela nas últimas eleições, se agora se junta-se a eles apenas iria demonstrar que o poder cega as pessoas e que afinal tudo aquilo que têm defendido não teria valor. Mas felizmente a notícia já foi desmentida e Luis Cirilo não fará parte desta direcção. Podendo assim continuar a ser umas das soluções para devolver o Vitória ao seu caminho, um caminho grandioso do qual todos nos possámos orgulhar. Após a saída de Emilio Macedo poderá assim Luis Cirilo ser uma alternativa credível, que nos permita devolver o Vitória aos vitorianos.

Rui Vitória


   Rui Vitória é um bom treinador, um treinador que põe as suas equipas a jogar bom futebol. Já há algum tempo que gosto deste treinador e sempre tive alguma curiusidade em vê-lo no Vitória. Agora ao que parece Rui Vitória será mesmo o próximo treinador do Viótria. Uma escolha que é boa, mas que me parece chegar a Guimarães na altura errada. Porque acho que esta não será a melhor altura para apostar-mos num treinador tão jovem. Neste momento acho que seria essencial ter um treinador com mais curriculo, com um peso maior no balneário. Acredito que será fundamental numa primeira fase conseguir dominar e alcamar o balneário. Algo que seria muito mais fácil de conseguir com um treinador experimentado. Mas mesmo assim acho que Rui Vitória é um bom treinador. Mais acredito que de entre as soluções possíveis ele será a melhor escolha. Pois um treinador com outro curriculo e outro estatuto também não seria barato e neste momento o investimento feito no plantel já não deixará grande margem para investir num treinador de renome.
   Espero que Rui Vitória consiga ultrapassar rapidamente todos os problemas que possam existir no balneário, e que consiga rapidamente preocupar-se apenas em pôr a equipa a praticar um bom futebol. Num momento difícil em que há muita instabilidade no Vitória não será fácil a tarefa de Rui Vitória. Essencialmente tendo em conta que Emilio Macedo ainda não pediu a demissão, o que fará sempre de Rui Vitória uma espécie de treinador a prazo. Pois embora Rui Vitória seja um bom treinador, um treinador que até agrada a maioria dos vitorianos, nós sabemos que a sua entrada não resolve os nossos problemas. Esperámos por isso que Emilio Macedo se demita, para que num futuro muito próximo não continue tudo igual ou pior. E só depois da saída de Emilio Macedo e seus pares Rui Vitória terá, finalmente, a tranquilidade necessária para poder desenvolver o seu trabalho. Até lá a instabilidade vivida irá permanecer e a má gestão do clube também.
   Espero assim que depois da provável contratação de Rui Vitória, a notícia da demissão de Emilio Macedo não tarde, para que finalmente possa existir tranquilidade no Vitória e para que finalmente o clube comece a recuperar o que têm perdido.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Mais uma voz


   Depois dos sócios e de Pinto Brasil foi agora a vez de Pimenta Machado se insurgir contra a direcção de Emilio Macedo. Mais uma vez são feitas duras críticas á direcção do Vitória, sem que esta tenha qualquer tipo de reacção. É revoltante ver esta apatia continua e ver como Emilio Macedo e seus pares estão  agarrados ao poder. Está na hora de sairem, só eles não entendem que a sua permanência no Vitória apenas prejudica o clube.
   Pimenta Machado diz que não podemos aspirar a mais com esta direcção, pois eles não são dignos do Vitória. Algo que já há muito tempo defendo, esta direcção está a prejudicar o Vitória de uma forma perigosíssima, a cada dia que passa o Vitória está a ser ultrapassado por clubes que já foram bastante inferiores e que agora andam noutros campeonatos que não o nosso. Custa-me ver isso, custa-me saber que quem permite que tal aconteça permaneça no Vitória agarrado com unhas e dentes ao poder. Será que não há um pouquinho de bom senso na direcção de Emilio Macedo? Será que são incapazes de sair pelo seu próprio pé? Se calhar preferem a humilhação de serem postos na rua pelos sócios, algo que nem Vitor Magalhães conseguiu quando desceu de divisão. Mas acho que depois de tantas humilhações nos últimos tempos já chega, eles têm mesmo que sair. Se não for por iniciativa própria então sejamos nós a dar um novo destino ao Vitória.
   Não consigo compreender a forma cobarde como esta direcção têm gerido o Vitória. Primeiro perante uma onda de contestação crescente a Manuel Machado, vieram dizer que a contestação era feita por uma franja mínima de associados. Depois perante a onda de contestação instalada em torno da direcção e da equipa nada dizem. Emilio Macedo continua, como sempre, a evidenciar um medo atroz dos vitorianos. Prova disso mesmo foi a homenagem realizada á equipa de Futebol de Praia. Uma equipa do Vitória que tinha acabado de se sagrar campeã nacional e que recebeu as faixas das mãos de Luciano Baltar. Acho mais do que justo realizar a homenagem no estádio perante os associados, o que não concordo é que as faixas não sejam entregues pelo presidente. Acho que é lamentávelmente vergonhoso. Mas certamente Emilio Macedo não desceu ao relvado porque tinha medo de ser assobiado. É inacreditável que um presidente de um clube se esconda para fugir de assobios. Mais recentemente Emilio Macedo voltou a demonstrar a fobia que têm em relação aos assobios, este fim de semana quando se ouviram canticos contra Emilio Macedo no estádio qual foi a sua reacção, fugiu, levantou-se e saiu. Isto não é digno de um presidente do Vitória, um presidente do Vitória nunca foge vai sempre a luta e assume as suas responsabilidades. Não me recordo de ter visto Pimenta Machado fugir do que quer que fosse. Claro que em última análise podemos sempre dizer que as equipas são o espelho das direcções que temos. Veja-se agora a diferença de atitudes existente entre Emilio Macedo e Pimneta Machado e perceba-se como o Vitória regrediu. Deixamos de ser um clube respeitado e temido em todo o país, para nos transformar-mos em motivo de chacota nacional. A culpa é de Emilio Macedo e por isso defendo que o seu tempo no Vitória acabou, temos que nos unir todos e voltar a fazer do Vitória o grande clube que já foi.
   Peço apenas que Emilio Macedo e seus pares ganhem um pouco de vergonha e se vão embora, enquanto as coisas não ficam piores do que já estão.

Pesadelo


   Quando se pensava que este jogo seria um bom jogo para acalmar os ânimos e tentar recolocar o Vitória na rota das vitórias, surge mais um resultado humilhante. Realmente a tarde de hoje foi um autêntico pesadelo para todos os vitorianos. Todos sabemos que o Vitória não atravessa uma boa fase, mas todos pensávamos que hoje o Vitória ia ganhar. Afinal de contas o adversário era o Beira-Mar, equipa a que tinhamos ganho por 4 golos na pré-época. Sabíamos que não seria um jogo igual, mas acreditávamos que com maior ou menor dificuldade o Vitória ganhava. Não podíamos estar mais enganados, não só o Vitória não ganhou como ainda foi, mais uma vez, humilhado. Perder com o Beira-Mar, com todo o respeito pelo Beira-Mar, é um resultado que não é compreensível, muito menos quando jogamos em casa. Agora perder por 0-3 no nosso estádio é humilhante, incompreensível, vergonhoso e inaceitável.
   Ficou claramente provado que Manuel Machado não era o culpado de tudo o que se passa no Vitória. Afinal após a sua saida os maus resultados continuam e as exibições deploráveis dos jogadores também continuam. Tal como já defendi anteriormente a saída de Manuel Machado não será suficiente para recuperar o Vitória, muito mais terá que ser feito. Hoje foi bem evidente que há muita gente que não sabe o que é o Vitória e que não sabe o que anda lá a fazer. Não podemos tolerar que os maus resultados continuem, nem podemos ficar de braços cruzados a espera que surja uma solução milagrosa. Temos que defender o nosso clube e lutar por ele enquanto é tempo. Enquanto vitoriano revolta-me ver a equipa cheia de estrangeiros, ver uma falta de ambição tremenda na equipa e na direcção e ver que há muitos jogadores que não sabem o que significa jogar no Vitória. Defendo que um jogador estrangeiro só deve vir para o Vitória se houver a certeza de que é bom, na dúvida deve-se sempre apostar em jogadores portugueses. Digo isto porque ainda hoje o Vitória entrou em campo com apenas três jogadores portugueses, Toni, João Paulo e Targino. Depois é claro que os jogadores estrangeiros não têm a noção do que é o Vitória ou do que significa vestir esta camisola. Não há garra, paixão, vontade, dedicação, entusiasmo, não há jogadores à Vitória. Tudo isto leva-nos a cair num vazio de identidade, numa ausência de mística e num afastamento dos vitorianos, que são cada vez menos nas bancadas. Mas como podemos nós querer ter mais gente no estádio se a cada semana que passa estámos pior. Por tudo isto digo que é urgente salvar-mos o Vitória do caminho tenebroso em que está.
   Apenas há um caminho que poderá voltar a erguer o Vitória e que fará do Vitória a equipa de que todos sempre nos orgulha-mos, esse caminho é o da reestruturação. Esse caminho apenas têm um início possível que é a saída de Emilio Macedo e todos os menbros dos orgãos sociais do clube. Esse será o ponto de partida necessário para podermos voltar a acreditar no Vitória. Depois será indispensável que se realize uma limpeza de dentro para fora, permitindo assim que o clube cresça. Só depois de tudo isto e de muito trabalho e dedicação iremos ver o Vitória voltar ao que já foi.
   Espero que este jogo não tenha sido apenas mais uma humilhção, mas que tenha sido suficiente para que finalmente Emilio Macedo entenda que têm que sair. Espero que peça a demissão e que entenda que o seu tempo no Vitória acabou, o seu e o de todos os que o acompanham.

  

domingo, 28 de agosto de 2011

Franja Mínima


   Acho que as declarações de José Pereira despois da demissão de Manuel Machado foram extremamente infelizes. Primeiro porque era evidente o divórcio entre a equipa e os associados, só assim se explica que num jogo tão importante como o do Atlético de Madrid apenas 10000 pessoas tenham ido ao estádio. Depois porque era claro que Manuel Machado não agradava aos associados era demasiado defensivo, não foram raras as vezes em que Manuel Machado optou por colocar João Alves em campo e foi assobiado por isso. També foi bem claro na deslocação a Madrid o desagrado dos associados para com o treinador que foi muito criticado no final do jogo. Por fim neste último jogo foi claramente evidente que a onda de contestação ao treinador estava a crescer, basta ter ouvido os canticos que foram repetidos várias vezes, ou ver a quantidade de lenços brancos que foram mostrados no final do jogo. Não compreendo por isso como pode José Pereira dizer que, Manuel Machado saiu por causa de uma franja mínima de associados insatisfeitos. Acho também que José Pereira foi bastante infeliz quando revelou que todos foram apanhados de surpresa com a decisão do professor e que não tinham pensado em substituilo. Quer dizer o Vitória continua a perder, cada vez joga pior, cada vez mais vai pouca gente ao estádio e o que ia fazer esta direcção? Nada. Mais do mesmo continuamos no marasmo habitual. Por isso digo que esta direcção é o grande problema do Vitória e por isso acredito que enquanto eles não sairem nada irá mudar.
   Franja mínima será certamente a que se revê nesta direcção, a que acredita que o Vitória está no bom caminho e que a direcção de Emilio Macedo têm gerido correctamente o Vitória. Essa sim será uma franja mínima de associados, porque a grande maioria já entendeu que infelizmente esta direcção só nos está a levar para o abismo. Estão mais preocupados com negócios paralelos, comissões e passeios do que com o Vitória. 

sábado, 27 de agosto de 2011

Dignidade


   A demissão de Manuel Machado demonstrou a sua dignidade. Reconheceu que neste momento era mais parte do problema do que parte da solução e demitiu-se. Uma atitude digna e ao não ter pedido qualquer tipo de indemnização Manuel Machado demonstrou o seu vitorianismo. Não é muito comum ver-mos treinadores abandonarem os clubes de uma forma tão fácil, sem pedirem indemnizações, sem levantarem grandes problemas ou sem virem para a comunicação social lavar roupa suja. Felizmente desta vez foi diferente, Manuel Machado reconheceu que dificilamente conseguiria ter sucesso e que permanecer no comando técnico do Vitória não seria bom, nem para ele, nem para a equipa e muito menos para o clube. Por isso tomou a decisão de se afastar e permitir que o Vitória encontre uma alternativa que consiga obter melhores resultados.
   Fiquei feliz com a demissão de Manuel Machado pois habitualmente descordava das suas opções e acho que é um treinador demasiado defensivo, no Vitória queremos ver futebol de ataque. Mas também acho que esta demisão apenas peca por tardia. Penso que a saída de Manuel Machado deveria ter ocorrido após o jogo da Final da Taça. Um treinador não pode perder uma Final por humilhantes 6-2 e permanecer no clube como se nada fosse. Ai a culpa foi tanto de Manuel Machado, que não teve a dignidade que agora demonstrou, como da direcção. Não consigo entender que depois de uma sequência de resultados frustrantes, que culminaram na derrota de 6-2 no Jamor, a direcção nada tenha feito. Logo nesse momento Manuel Machado deveria ter deixado de ser treinador do Vitória e quem sabe a história agora era bem diferente. Mas não Emilio Macedo e a sua direcção, mais uma vez, demonstraram a sua falta de ambição e nada fizeram, deixaram tudo ficar como estava, deviam estar muito satisfeitos com o que se estava a passar. Conclusão uma pré-época frustrante, recheada de maus resultados e evidentemente muito mal planeada. Uma pré-época que nos levou a estarmos ainda no mês de Agosto e já com a época sériamente comprometida. A Supertaça já foi, a Liga Europa também, no campeonato um jogo uma derrota e o plantel continua em construção a apenas alguns dias de fechar o mercado, já para não falar que estamos agora sem treinador. Ou seja já se passaram mais de dois meses desde o início da pré-época e ainda tudo está por fazer.
   Não culpo por isso Manuel Machado por tudo o que têm acontecido no Vitória, aliás em várias situações Manuel Machado teve até culpas muito limitadas. É certo que ele era parte do problema, mas não era ele o problema, ele era até provavelmente a parte menor do problema que o Vitória está a viver. Não podemos esquecer que na final da Supertaça Manuel Machado convocou Edgar e depois a última da hora não o pode utilizar. Assim como não o pôde utilizá-lo na primeira mão da Liga Europa, ou na primeira jornada do campeonato. Também não nos podemos esquecer que Manuel Machado começou a pré-época a apostar claramente no Rui Miguel, que depois foi vendido a apenas algumas horas do jogo com o Midtjyland. Não é fácil para um treinador trabalhar quando a todo o momento a direcção lhe dificulta o trabalho. Imagino como se deverá ter sentido Manuel Machado quando a poucas horas de jogos tão importantes como o do Midtjyland ou a final da Supertaça se viu impedido de utilizar jogadores em que tinha apostado durante toda a pré-época. Por isso digo que embora ele fosse parte do problema não era o problema em si. O problema que vive o Vitória é muito mais grave e complexo do que simplesmente o seu treinador. Não acredito por isso que agora as coisas fiquem bem, vai haver um pouco de expectativa, vão-se acalmar os ânimos, mas daqui a algum tempo tudo estará igual, pois o verdadeiro problema permanece no Vitória. Esse problema chama-se Emilio Macedo da Silva.
   Emilio Macedo e a sua direcção é que são o verdadeiro problema do Vitória, enquanto eles lá estiverem continuaremos a ver jogadores fugir para outros clubes, continuaremos a não saber como foram realmente os negócios feitos pelo Vitória, continuarão a existir abordagens amadoras e sem ambição em jogos decisivos, continuará o Benfica a utilizar as instalações do Vitória como um complexo de treinos e assim sucessivamente. Eles sim deveriam pedir a demissão e deveriam deixar o Vitória crescer e tornar-se no clube que todos sonhamos.
   Digo por isso que fico na expectativa de ver Emilio Macedo tomar uma iniciativa tão digna como a que Manuel Machado tomou, fico a espera de o ver apresentar a demissão.

Triste


   Foi triste, muito triste o espectáculo protagonizado pelo Vitória ontem. Tudo começou mal e por incrível que possa parecer aos 58 segundos estávamos já eliminados. É certo que a grande penalidade, marcada, não existiu, mas mais uma vez, num grande jogo em que era necessário estar ao melhor nível, ainda não tinham decorrido cinco minutos e já o Vitória estava a perder. Depois da final da taça e depois da supertaça voltamos a entrar a perder. Algo que se começa a transformar numa triste sina, principalmente nos grnades jogos. Assim é muito complicado conseguir ter sucesso e fazer os vitorianos acreditar que é possível ultrapassar os grandes momentos. Mais uma vez falhámos e falhámos todos, equipa, treinador e vitorianos. Foi uma noite negra em que todos falhámos. A equipa foi incapaz de jogar futebol, limitou-se a ver o Atlético jogar. O treinador voltou a apostar, na minha opinião, numa equipa demasiado defensiva. Nós vitorianos falhámos, porque é triste ver apenas 10000 pessoas num jogo com esta importância. É nas horas difíceis que se vê a força das pessoas e das instituições. Desta vez a imagem que nós vitorianos transmitimos foi uma imagem de total descrença. Uma imagem de quem desiste ainda antes da batalha começar.
   Quanto ao jogo acho que há mito pouco a reter da noite de ontem. Primeiro uma nota de destaque para o regresso de Edgar. Depois de ter sido colocado no mercado voltou e até foi dos menos maus na noite de ontem. Em segundo lugar apraz-me realçar a exibição do Nilson, para mim o único que esteve a grande nível no jogo de ontem. Mais uma vez se há um jogador que não merecia ter perdido, muito menos por 0-4, é Nilson. Sofreu quatro golos e foi claramente o melhor jogador do Vitória, o que demonstra bem o que foi o desnorte da equipa. De referir ainda os erros que Manuel Machado cometeu. Quanto a mim não foram muitos mas foram os suficientes para se entender que tinha demasiado medo do Atlético de Madrid para os conseguir eliminar. Entrou em campo com uma equipa demasiado defensiva, tinha três médios defensivos, Leonel Olimpio, João Alves e Pedro Mendes. Deveria ter colocado Toscano no lugar de João Alves e assim criar uma equipa com maior poder ofensivo, que permitisse ir em busca dos golos que faltavam. Depois na minha opinião falhou também porque colocou Faozi no onze e deixou Targino no banco. Como é sabido Faozi está num mau momento e está a fazer o Ramadão, dois motivos que deveriam fazer Machado apostar em Tagino que está em melhor forma. Por fim acho que este Atlético de Madrid não é superior ao Vitória, pelo menos neste momento, acredito que depois da entrada de Falcão e Diego esta equipa será muito mais forte. Mas certamente esta não é uma equipa para ganhar por quatro em Guimarães, muito menos para passar uma eliminatória com um total de 6-0. Isto apenas foi possível devido aos inumeros erros cometidos pelo Vitória.
   Para mim mais do que todos os factores que inumerei há um factor determinante que nos levou até este triste desfecho, a má direcção que o Vitória têm. Emilio Macedo e seus pares são, para mim, os grandes responsáveis deste desastre europeu. Tudo começou com a forma amadora como, desde início, abordaram a eliminatória. Primeiro planearam muito mal a deslocação a Madrid, não cabe na cabeça de ninguém nos dias de hoje levar uma equipa profissional de Guimarães a Madrid de autocarro. Depois também não têm lógica privar a equipa do seu único ponta de lança, no jogo da primeira mão, só porque o queriam vender. Mas quando pensávamos que os erros iriam ficar pela primeira mão, estávamos enganados afinal na segunda mão não foi diferente. Não foram capazes de criar um ambiente especial em torno do jogo, nem uma simples coreografia de incentivo á equipa foram capazes de organizar. Na altura em que era necessário os adeptos criarem uma atmosfera intimidante, resolveram pôr o sistema de som mais alto, abafando os adeptos e obrigando toda a gente a ouvir um filme sobre a eliminatória de há vinte e cinco anos. A ideia não é má, mas a altura em que passaram o filme é que foi péssima. O filme deveria ter sido colocado na altura em que os jogadores recolheram ao balneário depois do aquecimento, para motivar os vitorianos e para que quando as equipas entrassem todos estivessem a puxar pelo Vitória. Por fim o erro que mais me revoltou na noite de ontem foi a apresentação de Nuno Assis. Não me parece que um jogo da liga europa seja o local para apresentar jogadores. Muito sinceramente pareceu-me mais que Emilio Macedo estava mais a tentar deitar areia para os olhos dos vitorianos. Tentando através desta apresentação iludir toda a gente e fazer esquecer o que se estava a passar e minimizando igualmente todos os erros cometidos.
   Depois desta noite trágica, para o orgulho vitoriano, espero que a noite de ontem não sirva de desculpa para um resultado menos conseguido no domingo frente ao Beira-Mar. Porque eu enquanto vitoriano não aceito que digam que os jogadores estão cansados de levar 0-4.


quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Está na Hora


   O jogo com o Atlético de Madrid está a chegar. É seguramente um dos jogos mais importantes de toda a época. Aqui joga-se toda a anterior época, que foi disputada a pensar no acesso á Liga Europa, e uma boa parte da época que agora se inicia. Seguramente a época não será a mesma se não chegar-mos á fase de grupos da Liga Europa. Está tudo em jogo e o Vitória precisa de nós.
   Desta vez não basta os jogadores jogarem bem, eles precisam do nosso apoio. Temos que nos superar e apoiar a equipa como se estes fossem os últimos 90 minutos que iríamos ver. Digo isto porque sinto que é possível, não é fácil, mas é possível. Temos que ser capazes de cantar do primeiro ao último minuto, temos que transformar o estádio num verdadeiro inferno para o Atlético de Madrid. Só assim será possível, numa união perfeita entre equipa e adeptos, levar o Vitória a superar este adversário. Temos que conseguir encostar o Atlético ás cordas e deixar para os jogadores a tarefa de darem a estocada final, através da marcação de golos. Não podemos continuar a dizer que somos únicos porque fizemos um cordão humano incrível, debaixo de uma chuvada tremenda, ou porque fizemos uma impressionante deslocação á Povoa ou ainda porque fizemos notáveis deslocações a Setúbal ou a Sevilha. Sim tudo isso foi realmente único e demonstrou uma paixão pelo Vitória como mais ninguém têm, mas, foi, passado está lá atrás. Não podemos viver do passado e limitar-nos a recordar aquilo que já fizemos, é hora de voltar-mos a ser únicos. De voltar-mos a fazer história e de enchermos de orgulho toda uma cidade que ama o seu clube.
   Amanhã o primeiro dos nossos desafios é encher o estádio, o segundo é criar uma atemosfera temível para o Atlético e por fim o nosso grande desafio é levarmos o Vitória á vitória. Durante noventa minutos somos um só, não interessa se gostamos desta direcção, não interessa quem é o treinador, nem interessa se joga o jogador A em vez do jogador B, o que interessa é levar o Vitória á Liga Europa. Agora mais do que nunca temos que nos unir e temos que ser capazes de lutar pelo Vitória, temos que ser incansáveis e mostrar porque é que o Vitória é único. Vamos estar lá, vamos fazer história, vamos viver um momento único e vamos mostrar a toda a Europa que em Guimarães ninguém passa pelo Vitória. Nós somos capazes, nós conseguimos e todos juntos vamos mostrar a força que têm o Vitória.

Diferentes perspectivas


   Há várias formas de se conseguir alcançar a mesma meta, a diferença é que umas formas são mais audazes e outras mais cautelosas. Normalmente para a história apenas ficam os audazes, porque é preciso coragem para alcançar os grandes feitos e só tentando saberemos se somos capazes. Mas na verdade tanto os mais audazes como os mais cautelosos podem ter sucesso, só que normalmente têm uma probabilidade de sucesso muito mais elevada os audazes. No Vitória temos os dois tipos de prespectiva. Perante o problema que é o Atlético de Madrid e o objectivo que é chegar a fase de grupos da Liga Europa, há quem opte por uma prespectiva mais cautelosa e há quem escolha a alternativa mais audaz.
   Temos duas prespectivas diferentes com um objectivo comum, ultrapassar o Atlético de Madrid. Manuel Machado, como habitualmente, prefere a prespectiva mais cautelosa. Referindo que têmos que ter a solidez defensiva até agora evidênciada e melhorar a eficácia ofensiva. Já Pedro Mendes têm uma prespectiva muito mais audaz, dizendo que temos de jogar o jogo pelo jogo e não podemos ter medo do adversário. Pessoalmente agrada-me muito mais a forma de pensar do Pedro Mendes. Acredito que temos que ser capazes de ir a luta, partir para cima do Atlético em busca do resultado desejado. Enquanto vitoriano prefiro ver o Vitória perder, se for o caso, mas tentando ganhar e lutando pela eliminatória, do que ver o Vitória empatar porque jogou a defesa sem garra nem ambição, acabando por ser igualmente eliminado. Acho que devemos ter caracter, atitude, garra e paixão. Devemos respeitar o Atlético, não ter medo dele. Acredito que abordando o jogo de acordo com a perspectiva do Pedro Mendes teremos maior possibilidade de sucesso.
   De qualquer forma reconheço que o que interessa é passar, seja como for. Espero que o Vitória esteja á altura deste grande jogo e que Manuel Machado não complique,jogando de uma forma defensiva, o que já não está fácil.

Sem Palavras


   A carta aberta de Pinto Brasil a Emilio Macedo e a resposta de Emilio Maceo à referida carta é um episódio que me deixa completamente sem palavras. Emilio Macedo disse em resposta á carta de Pinto Brasil que, Pinto Brasil, envergonhava a família vitoriana, na verdade os dois envergonham os vitorianos. É por causa de situações como esta que, muitas vezes, o nosso clube é ainda conhecido como o Guimarães ou como um clube menor. São estas situações que criam o desrespeito pelo clube, são estas situações que lhe retiram a credibilidade. Infelizmente para todos nós, cada vez que estes senhores aparecem em cena o Vitória sai prejudicado e a nossa imagem é a de um clube pequeno.
   Há contudo pontos a reter quer nas declarações de Pinto Brasil, quer nas declarações de Emilio Macedo. O que acho que seria de evitar, a todo o custo, era a forma como os dois vieram para a praça pública. Primeiro acho inacreditável a forma como foi feita a carta de Pinto Brasil, parece que em mais de um ano e meio, desde as últimas eleições não aprendeu nada. Até tem razão em algumas das coisas que diz, o mal está na forma como as diz. Depois é igualmente inacreditável ver o presidente do Vitória utilizar meios de comunicação social, nacionais, para responder a um associado do Vitória, mais, é inaceitável ouvir o presidente do nosso clube criticar abertamente um associado. A um presidente pede-se no mínimo, mais categoria, mais classe e mais nível, o que habitualmente se chama de saber estar. Algo que uma vez mais Emilio Macedo demonstrou não saber.
   Quanto ao muito que foi dito acho que é importante reter muito pouca coisa, mas o pouco que me parece importante, parece-me igualmente muito grave. Pinto Brasil acusa Emilio Macedo de não ter aceite o patrocínio da equipa de Volley por este ser, tal como na época anterior, Pinto Brasil SGPS. Diz Pinto Brasil que o seu plano de patrocínio era para três épocas e que ninguém o contactou no início desta época com vista a renovação do patrocínio. Apenas compreenderia isto caso o Vitória tivesse conseguido angariar um patrocínio mais elevado. Mas mesmo assim julgo que, deveria ser feito um contacto com Pinto Brasil, no sentido de entender se haveria da sua parte interesse em patrocinar de uma qualquer outra forma o clube. Isso sim teria sido o procedimento correcto. Mas acredito que nem uma coisa nem outra tenha sido feita, nem o Vitória têm um patrocinio mais elevado para a equipa de Volley nem Pinto Brasil foi contactado. Importa por isso entender o porquê desta atitude do Vitória, se tinha ali um patrocinio certo porque não foi buscá-lo? Isso é algo muito grave, é uma gestão negligente e que Emilio Macedo terá que explicar aos associados. Por outro lado temos também as declarações de Emilio Macedo, que me parecem acertadas apenas num único ponto, que é questionar a forma como Pinto Brasil levantou a situação. Diz Emilio Macedo que na última assembleia geral Pinto Brasil ficou sentado e nada disse sobre a situação. Ai sou obrigado a concordar com Emilio Macedo, o local próprio para se debater toda esta situação era a assembleia geral. Pois este é um assunto que apenas diz respeito á família vitoriana e que em nada favorece o clube vindo para a praça pública.
   Começo agora a entender o porquê de, por diversas vezes, Emilio Macedo ter colocado em causa a continuidade do Volley do Vitória. Afinal só lhe têm arranjado problemas e preocupações. O problema aqui é que o Vitória não é Emilio Macedo e se ele se sentir muito incomodado com o Volley paciência. Pois o Volley dá-nos titulos, dá-nos prestígio e têm muito boas médias de assistência, sinal claro de que é um desporto que agrada bastante aos vitorianos. Por isso quem está mal....
   Toda esta situação faz-me ainda lembrar uma outra situação, que curiosamente está também ligada ao Volley e a última assembleia geral. Recordo-me que na última assembleia geral Miguel Salazar questionou Emilio Macedo sobre um episódio peculiar ocorrido com a equipa de Volley. Em resposta a sua questão Miguel Salazar apenas obteve uma incompreensível indignação de Emilio Macedo e a ameaça de instauração de um processo jurídico. Mas perante as provas apresentadas por Miguel Salazar e perante as testemunhas, que o mesmo apresentou, alguém se lembra de ter voltado a ouvir Emilio Macedo falar do assunto? Pois muita indignação, estava muito ofendido mas na verdade nada fez, sinal que Miguel Salazar, como sempre acreditei, tinha razão. Agora com Pinto Brasil é a mesma situação, muita indignação muito barulho mas na verdade está a fugir a questão mais importante, é ou não verdade o que Pinto Brasil diz sobre o patrocinio.
   Demasiadas situações para uma modalidade que Emilio Macedo considera mais pequena e que, por diversas vezes, pôs já em questão. A mim parece-me é que são demasiadas as vezes em que Emilio Macedo se faz de muito ofendido sem provar nada, tentando sempre fugir as situações. Já vai sendo hora de Emilio Macedo começar a mostrar provas do que diz, porque na sua palavra já há muito que não acreditámos.
  


O estrano caso de Edgar


   Como já escrevi anteriormente não consigo compreender o caso do Edgar. É demasiado absurdo para que tenha uma compreensão lógica. Eu que nunca fui grande fã do Edgar reconheço que, já nos fez imensa falta esta época e a sua inclusão na equipa, nesta altura, poderá já ser irremediavelmente tardia.
   Não compreendo como foi possível colocar este jogador no mercado, sabendo que era de extrema importância na estratégia de Manuel Machado. Foi o melhor marcador da última época, foi um dos jogadores mais utilizados e é um jogador que agrada a Manuel Machado. Tudo isto devería ser suficiente para que o caso tivésse sido tratado com mais cuidado. Depois há ainda a questão do timing que é algo que também não consigo compreender. Edgar fez toda a pré-época com a equipa e jogou com o Midtjyland, tendo até sido determinante no lance do segundo golo, que deu o apuramento ao Vitória. Mas misteriosamente foi colocado no mercado e encostado. Numa altura em que tínhamos jogos tão importantes como a Supertaça ou a primeira mão do play-off com o Atlético de Madrid. Jogos em que Edgar não foi nem sequer para o banco. Mas o mais grave é que tudo isto se sucedeu sem que houvesse uma alternativa clara, tendo o Vitória nos dois jogos ficado sem ponta de lança. A juntar a toda esta situação veio ainda Manuel Machado dizer que, não convocava Edgar porque já era do conhecimento público que o jogador tinha sido colocado no mercado. Por entre todos estes acontecimentos e o avançar do calendário iam chegando ecos de que havia proposta do Orduspor da Turquia e do Terek da Russia. A verdade é que nunca se viu nada de concreto sobre as referidas propostas e Edgar ia ficando por Guimarães. Agora surpreendentemente surge a notícia de que Edgar poderá ser o reforço que faltava. Mas afinal o que é isto? Estão a brincar? Primeiro o jogador é posto á venda e não joga em jogos determinantes, depois já fica na equipa. Imagine-se como deve estar a cabeça do Edgar. Certamente não estará na melhor condição para entrar agora na equipa, primeiro é considerado transferível e depois é considerado reforço. Ninguém consegue perceber o que se passa. Mas a verdade é que tudo isto é uma tremenda prova de amadorismo e que prejudicou o Vitória de uma forma bem vincada. A Supertaça já se foi e a Liga Europa, embora eu acredite que vamos passar, está bastante complicada.
   Não sei o que estava pensado para o Edgar, nem sei se nos próximos dias não vamos ouvir Emilio Macedo dizer que um qualquer vigarista falhou e por isso não se vendeu o Edgar. Sei ainda menos qual o impacto que todo este processo pode ter no jogador e no resto da época do Vitória, mas sei que prejudicou gravemente quer um quer outro.
   São atitudes como esta e é este tipo de gestão que prejudicam o Vitória de uma forma inacreditável, já não é fácil ter sucesso mas assim fica bem mais complicado.

Julio Mendes


   A demissão de Julio Mendes deixa-me algo apreensivo, por vários motivos. Primeiro porque julgo que era o vice-presidente que melhor estava a conseguir exercer as suas funções, as do marketing. Não que fosse um trabalho brilhante, mas era certamente o que mais lutava contra o marasmo instaurado no Vitória. Durante o tempo em que foi responsável pelo Marketing do Vitória , Julio Mendes, realizou algumas iniciatívas dignas de registo, tais como: Cartão Caixa Vitória; Vitória Mobile ou ainda o Vitória nas escolas. Este são o tipo de iniciativas que se espera de alguém que é responsável pelo departamento de Marketing. Pena que tenham sido tão poucas, mas compreendo que não será fácil fazer muito mais em tão pouco tempo e com esta direcção. O segundo ponto que preocupa na demissão de Julio Mendes é que, agora com a sua saída, o poder argumentativo e de oratória desta direcção fica claramente debelitado. Em terceiro e último caso, vejo a sua demissão com alguma preocupção pois faz-me pensar que algo poderá não estar muito bem dentro do Vitória. Será que este não é só o início de um desmoronar desta direcção, tal como um castelo de cartas?
   Não sei o que poderá futuramente representar esta demissão, mas sei que esta direcçao acabou de perder aquele que, para mim, era o menos mau de todos os vice-presidentes

domingo, 21 de agosto de 2011

Finalmente


   Finalmente Emilio Macedo anunciou que não voltaria a candidatar-se à direcção do Vitória. De acordo com uma notícia publicda pelo jornal A Bola, Emilio Macedo terá entrado em diálogo com alguns adeptos que o questionavam sobre o desvio do avançado Carlão para Braga, mas a conversa azedou e foi então posta em causa a gestão que Emilio Macedo têm feito no Vitória. Aí Emilio Macedo optou, uma vez mais, por culpar terceiros dizendo que os outros são vigaristas ou não são sérios ou que falham ao combinado, sempre as mesmas desculpas de mau pagador, é incapaz de assumir os próprios erros. Tendo na conclusão da conversa desafiado os associados a apresentarem listas no próxima acto eleitoral, uma vez que ele não seria candidato. Finalmente tivemos uma boa notícia. Digo boa e não perfeita por apenas um motivo, Emilio Macedo é apenas o rosto visível de toda uma equipa que terá que sair. Pois Emilio Macedo também já anunciou publicamente que gostaria de ser sucedido por Paulo Pereira, algo que não consigo imaginar nem em pesadelos. Pois nunca seria capaz de me identificar com um presidente do Vitória que é, ou foi, sócio do Benfica. Paulo Pereira nunca poderá ser uma hipótese séria, enquanto vitoriano não posso acreditar que se cometa o erro de alguma vez eleger um presidente que era sócio de outro clube. Como aliás também são alguns dos restantes elementos dos orgãos sociais do clube.
   Está na hora de entregar-mos os destinos do Vitória aos vitorianos, aqueles que como nós sofrem ano após ano pelo clube, aqueles que nunca desistem e que por mais difícil que seja a situação vão sempre á luta. Temos de ter paixão, dedicação, competência, ambição e profissionalismo na próxima direcção. Não podemos continuar neste marasmo continuo, neste amadorismo e nesta evitente falta de paixão e devoção pelo Vitória. Cabe-nos por isso escolher uma próxima direcção com mais rigor, mais cautela e com mais convicção de que o futuro do Vitória terá que ser bem diferente do seu presente.

Outra Vez


   Mais uma vez Emilio Macedo deixou-se antecipar e perdeu um reforço que seria importante para o Vitória. Mais uma vez foram dadas provas de total incompetência na aquisição de jogadores. Já são vários os casos de atletas que estão quase no Vitória e depois acabam noutras equipas. Lembro-me só para referir alguns de três exemplos, curiosamente todos eles pontas de lança, o N´Djeng o João Silva e o Carlão. Parece que o Vitória é um clube menor e que é incapaz de ganhar a corrida por um jogador seja a que clube for. Mas não quem vir as coisas por esse prisma está muito enganado, o Vitória não é menor têm é uma direcção menor. Uma direcção que é incapaz de definir um rumo e seguilo. Parece que o único objectivo é criar uma constante entrada e saída de jogares e a isso juntar um sem número de nomes de eventuais reforços. Para que assim criem uma tal confusão na cabeça dos associados que ningém saiba muito bem quantos jogadores entraram e saíram durante toda a pré-época. Mas essa confusão apenas favorece os comissioniotas, que vivem das comissões dos negócios feitos com os jogadores do Vitória. Esses são os únicos beneficiados com toda esta pré-época lamentável. Infelizmente o principal prejudicado é o Vitória que continua a ser gerido em função das comissões e dos negócios paralelos existentes com os jogadores. É uma situação vergonhosa que está a descredibilizar o Vitória, que afasta os jogadores do clube e que transmite uma imagem completamente amadora do clube.
   Quanto ao Carlão apenas demonstrou não ser um jogador muito inteligente, preferiu ser o 7 ou 8 ponta de lança a fazer parte do plantel do Braga em vez de ser o segundo do platel do Vitória. Algo que não consigo compreender, pois acredito que os jogadores querem sempre jogar e o Carlão teria muito mais possibilidades de jogar no Vitória do que no Braga.
   Continuaremos á espera de um ponta de lança, na certeza de que seja quem for já virá tarde, uma vez que a Supertaça já foi e no play-off da Uefa já não poderá jogar.

sábado, 20 de agosto de 2011

Porquê


   Esta é a pergunta que me ficou depois deste jogo. Porquê? Porque é que o João Paulo teve uma atitude tão imatura? Não consigo entender, o jogo estava a correr bem, a equipa estava bem e o João Paulo estava a fazer mais um grande jogo e de repente deitou-se tudo a perder.
   Infelizmente esta não é a minha única interrogação neste jogo. Há várias coisas que não consegui entender. Não entendei porque saiu o Barrientos ao intervalo, não entendi como pôde o Alex jogar os 90 minutos ou como foi possível voltar a sofrer um golo ao segundo poste de cabeça, uma fotócopia do golo do Rolando na Supertaça, mas afinal não se aprende nada de uns jogos para os outros?
   Inicialmente gostei da equipa do Vitória, entrou bem, jogou o jogo pelo jogo e olhou o Atlético nos olhos. Fizemos uma boa entrada, criamos bons lances e demonstrámos alguma solidez defensiva. Mas infelizmene houve dois jogadores que estiveram claramente abaixo da qualidade evidênciada pela restante euipa, o Alex e o Paulo Sérgio. O Alex foi uma vez mais o pior jogador em campo, têm clara responsabilidade no primeiro golo, pois toda a defesa estava em linha menos o Alex que estava fora da posição, deixando o avançado do Atlético completamente a vontade para fazer o golo. Mas não ficou por aqui a sua péssima exibição, raramente foi capaz de recuperar ou cortar uma bola, a nível ofensivo esteve pouco participativo e quando era necessário recuperar em velocidade nunca chegava a tempo. Um autêntico desespero e o mais grave é que já não é a primeira vez, só Manuel Machado parece não ver isso. Também Paulo Sergio fez uma exibição tenebrosa, incapaz de criar desiquilibrios ou linhas de passe para os seus colegas, perdeu frequentemente a posse de bola e a sua intervenção mais notória no jogo foi quando tocou numa bola que Pedro Mendes se preparava para chutar. Só que Paulo Sergio estava em fora de jogo e a jogada foi invalidada. Ou seja dois jogadores que tiveram exibições para esquecer. Felizmente os restantes jogadores fizeram um bom jogo, com especial destaque para o João Paulo, até á expulsão, para o N´Diaye para o Anderson Santana e para o Toscano. Pode por isso dizer-se que quem vir o resultado de 2-0 apenas vê a clara superioridade que o Atlético teve após a expulsão.
   O jogo foi muito bem disputado, o Vitória esteve seguro, personalizado e confiante, apenas a expulsão de João Paulo desequilibrou. Até essa expulsão não seria escândalo nenhum o Vitória trazer de Madrid o empate ou até mesmo a vitória, o jogo estava devidido. Viu-se claramente que este Atlético não é nenhum papão e que não é, enquanto equipa, superior ao Vitória. Mas a verdade é que a expulsão do João Paulo e a falta de sorte complicaram muito a eliminatória. Porque para mim a chave do jogo esteve naqueles dois minutos, que alteraram completamente o jogo. Primeiro o João Paulo que estava a fazer um grande jogo é expulso. Num lance em que concordo que a melhor opção seria mesmo fazer falta e parar ali o ataque do Atlético. Só que quando digo fazer falta, digo empurrar o jogador o fazer uma carga de ombro, nunca uma entrada com aquela agressividade, isso não. Depois no minuto seguinte quis a sorte que a bola do Targino fosse ao poste. Se aquela bola tem entrado as coisas seriam bem diferentes.... Faltou-nos a famosa estrelinha.
   O que não faltou foi, uma vez mais, o impressionante apoio dos vitorianos, eram mais de 900 que foram incansáveis no seu apoio á equipa. Um autêntico espectáculo dentro do espectáculo. Pena que uma vez mais o regresso tenha sido tão doloroso. Uma vez mais foram muitas horas de estrada, passadas em silêncio, com rostos carregados, com o orgulho ferido e com a convicção de que só não ganhamos por culpa própria. Começa a ser um triste hábito regressar a casa sem motivos para festejar, sem alegrias, sem bons resultados, sempre com derrotas e sempre convictos de que muitos erros foram cometidos para que o resultado fosse assim. Foi duro pensar, no final do jogo, que aquele seria um regresso a casa como o vivido em Setúbal na meia final da taça, ou em Portsmouth, ou em Basileia, ou no Jamor ou na Supertaça. São demasiadas deslocações frustradas, demasiados desgostos. Começa a ser penoso acompanhar o Vitória, pois a nossa ilusão e a nossa crença em bons resultados nunca é correspondida. Note-se que a última vez que os vitorianos puderam festejar fora de casa foi em Coimbra e nem ai festejaram uma vitória, até nesse jogo festejamos um misero 0-0, porque nem à Académica o Vitória conseguiu ganhar. Muito mau para um clube tão grande como o Vitória. Está na hora de querermos mais de exigirmos mais de termos mais ambição. De todas as deslocações que referi apenas não fui ao Portsmouth e não quero continuar assim, não quero ter mais regressos como o desta quinta-feira. Quero poder festejar poder regressar com alegria e com orgulho no Vitória. Mas para isso temos de ser mais exigentes e não podemos admitir que brinquem com o Vitória ou que sejam amadores, porque nós não somos amadores na hora de apoiar a equipa.
   Verdadeiramente insólito, não pude acreditar no que vi já depois do final do jogo. Quando já apenas os adeptos vitorianos estavam no Vicente Calderon, a aguardar por ordens políciais para sair, surgiu no relvado o Tony, surpreendentemente para realizar exercicios de aquecimento. Acompanhado pelo preparador físico Tony esteve uns 20 minutos a correr a volta do relvado. Algo que não consigo compreender, afinal não foi utilizado durante o jogo, porque esteve ele ali a correr? A verdade é que esta foi apenas mais uma prova de que muita coisa tem que mudar no Vitória. Para mim as coisas são já bastante claras, tanto Manuel Machado como Emilio Macedo já deram o que tinham a dar ao Vitória. Agora está na hora de sairem e darem lugar a quem realmente entenda o Vitória e possa levá-lo para um outro patamar de competência, ambição e profissionalismo. Neste momento quer Manuel Machado quer Emilio Macedo são apenas prejudiciais para o Vitória, pois estão a atrasar e comprometer o seu crescimento.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Enganador


   O resultado desta primeira jornada é absolutamente enganador. Quem não viu o jogo e apenas viu o resultado final de 0-1 poderá pensar que foi mais um jogo em que o Porto marcou o golo e depois geriu o resultado, puro engano. Este foi um dos melhores jogos do Vitória nos últimos tempos e não fosse o arbitro e as coisas poderiam ser bem diferentes.
   Escolhi esta foto, para ilustrar este post, porque me parece ser a que melhor realça os factores em evidência neste jogo. Primeiro é possível ver bem Olgário Benquerença, o homem que decidiu o jogo, porque embora os jornais e as televisões digam que Hulk resolveu, a verdade é que quem resolveu foi o Olgário. Em segundo plano é possível ver o péssimo estado em que se encontrava o relvado, basta ver o pé com que Paulo Sergio bate a bola. Por fim é possível ver um jogador do Vitória e um jogador do Porto, as duas equipas deram tudo e tendo em conta que esta foi apenas a primeira jornada este jogo foi já disputado com boa intensidade.
   Quanto ao jogo, gostei do Vitória, faz-me acreditar numa boa época e confirmou que há jogadores que não enganam. Gostei especialmente das exibições de Nilson, um valor seguro; de João Paulo, em grande momento de forma; de Santana, uma surpresa cada vez mais agradável; de El Adoua, cada vez mais imperioso; Barrientos, um verdadeiro artista e de Toscano cada vez mais o maestro do meio campo. Parece-me é que cada vez é mais evidente que a equipa têm qualidade e que merecia um treinador melhor, mais audaz, sem receios e que jogasse sem olhar aos adversários. Não consigo compreender como é que se pode realizar uma substituição tripla num jogo a sério. É daquelas coisas que vêm nos manuais, não se pode fazer, parte a equipa, quebra toda a  dinâmica e desorganiza completamente toda a estratégia existente. Mas isso é apenas uma das quetões, outra é tentar entender como é possível lançar o João Alves no jogo e deixar o Pedro Mendes no banco, eu não consigo entender. Estes foram para mim os grandes erros de Manuel Machado que assim entregou o jogo de bandeja ao Porto a meio da segunda parte. Depois há um problema que é cada vez mais gritante, a falta de um ponta de lança. Sem ponta de lança tudo é muito mais difícil. Só que o Vitória não ganhou mas nem foi por isto, foi porque havia um senhor chamado Olgário. Esse sim decidiu o jogo em dois momentos. Primeiro ao assinalar uma grande penalidade em cima do intervalo, castigando uma eventual falta de Leonel Olimpio sobre Sapunaru. Até consigo admitir que fosse falta, o contacto existe é visível, claro que o jogador do Porto tira partido da situação mas a verdade é que existe um contacto evidente. Depois no final do jogo não assinala uma mão do Rolando dentro da área portista. Ai é que já não há desculpas é evidente o corte com a mão e fica por assinalar um penalty. Muito mais evidente este penalty do que o penalty assinalado a favor do Porto. Por isso digo que Olgário decidiu, primeiro assinala um penalty discutível e depois perante uma grande penalidade evidente nada assinala. Infelizmente isto já não é nada que nos surpreenda, já começou a pouca vergonha do costume, para um lado marca-se tudo, mesmo que não seja, para o outro por mais evidente que possa ser não se marca. É assim que se viciam campeonatos, que se escolhem campeões e que se afasta o público dos estádios.
   Quanto ao público tive orgulho em ver os vitorianos a apoiar a equipa do primeiro ao último minuto, nunca desistimos, acreditamos sempre que seria possível. Mesmo depois do jogo acabar a equipa foi aplaudida, porque lutou, esforçou-se tentou com tudo o que tinha chegar a vitória e quando assim é não podemos pedir mais. Podemos apenas ter a certeza que quem joga com aquela vontade e determinação também perde, mas na maioria das vezes ganha, se formos sempre assim grande época que ai vêm.
   Mas na verdade este Vitória deixa-me cada vez mais optimista, cada vez mais acredito que será possível ultrapassar o Atlético de Madrid e fazer uma boa época, só têm de haver coragem para isso.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Nuno Assis


   Nunca fui grande fâ do Nuno Assis, sempre reconheci que é um jogador muito bom e que já foi muito importante para o Vitória. Mas a verdade é que mesmo sendo um bom jogador nunca me fascinou, sempre achei que até era uma mais valia para a equipa, mas nunca achei que seria determinante o seu regresso. Se calhar a forma como vejo o Nuno Assis deve-se a uma imagem que nunca esquecerei, quando foi transferido do Vitória para o Benfica, quis o destino que o seu primeiro jogo pelo Benfica fosse em Guimarães. Tinha passado apenas uma semana desde que tinha saído do Vitória, clube onde tinha estado várias épocas e quis também o destino que nesse jogo Nuno Assis fizesse um golo. Tudo normal até aqui nada de mais. Só que Nuno Assis cuspiu no prato onde comeu e festejou aquele golo como se estivesse na final de um mundial. Confesso já não era seu fâ e depois daquele episódio percebi porque, afinal é um jogador bom, mas sem caracter, sem respeito, sem humildade, é apenas mais um. Podia e deveria ter mostrado respeito pelo Vitória naquela situação, não festejando o golo. Mas veio ao de cima a sua falta de categoria, paciência há quem a tenha e há quem não a tenha.
   É por isso que não estou muito entusiasmado com o seu eventual regreso, se vier é bom se não vier paciência. Reconheço que desportivamente é um bom reforço, têm qualidade, experiência e é sem dúvida uma mais valia para a equipa. Agora por favor não comparem o sseu regresso ao regresso do Pedro Mendes isso sim é um insulto. Pois o Pedro Mendes é um verdadeiro vitoriano, daqeles que faz sempre falta e é sempre bem vindo. O Pedro Mendes é um grande vitoriano e um grande jogador o Nuno Assis é um bom jogador mas não é vitoriano. Não comparem por favor o regresso de um com o regresso do outro.
   Espero também que se vier o Nuno Assis não seja para encostar o Barrientos. Porque se for para isso e se o Barrientos não poder jogar para jogar o Nuno Assis então ele que não venha. É que se tiver que escolher entre o Nuno Assis e o Barrientos eu escolho claramente o Barrientos. Por vários motivos, se não vejamos: 
 A favor do Barrientos
  - Mais Jovem
 - Melhores prespectivas de Futuro
 - Possibilidade de Futuro Encaixe Financeiro
 - Físico
 - Garra e Paixão pelo Jogo

A favor do Nuno Assis
 - Experiência
 - Mediatismo

   A nível técnico e de qualidade de jogo parece-me que estão equilibrados, acredito até que futuramente o Barrientos possa ser melhor do que o Nuno Assis.
   É por isso que embora reconheça que o Nuno Assis seria uma mais valia me é quase indiferente o seu regresso, sendo que acho que o Vitória não deverá realizar nenhum esforço para o garantir. O Vitória deverá apresentar as condições que puder, se ele aceitar muito bem se não aceitar paciência.

Inaceitável


   É absurdo, pela segunda vez nesta pré-época o Benfica treina em Guimarães. Não consigo compreender como pode o Vitória ceder as suas instalações a outro clube, seja ele qual for. No máximo compreendo que se ceda instalações á Selecção Nacional, mas mesmo esses devem utilizar o complexo desportivo. O estádio é sagrado para nós. Só quem não é vitoriano não entende isso e infelizmente esta direcção já demonstrou por diversas vezes que não compreende isso. Gerem o património do clube, especialmente o estádio, não como um templo sagrado, mas como um simples campo de jogos. Recordo-me que nas últimas eleições esta mesma direcção fechou o estádio a um grupo de associados vitorianos que pretendiam apresentar a sua candidatura aos orgãos sociais do clube, alegando inicialmente que o estádio era só para  a equipa e depois que havia um treino agendado para aquela hora. Não compreendi na altura, pois mesmo havendo um treino não me parece que a realização de uma conferência de imprensa, na sala de imprensa, perturbe o normal decorrer de um treino. Assim como ainda maior dificuldade tenho em entender essa decisão agora. Mas afinal o estádio está fechado para os vitorianos mas está aberto para o Benfica? Não consigo compreender é algo que me ultrapassa e que me revolta.
   Não fosse esta decisão suficientemente grave, pelo que anteriormente relatei, ainda tivemos a consequência que se viu no jogo com o Porto. O estádio estava com o pior relvado que vi nos últimos 20 anos. Em vez de deixarem a relva respirar e recuperar porque não estava evidentemente em grandes condições, foram por o Benfica a treinar lá. Como podemos querer ser um grande clube com este tipo de situações? Afinal não queremos competir com o Benfica? Não queremos ultrapassá-los e ficar a frente deles no campeonato? Ou será que isso é apenas a vontade dos associados e não da direcção? Não me recordo de qualquer outro exemplo como este num outro estádio. Não me lembro de ver um clube abrir o seu estádio para deixar um clube treinar porque vai jogar ali perto para o campeonato. Será que se pedirmos ao Real Madrid eles nos deixam ir treinar no Santiago Barnabéu? É que afinal até jogamos lá perto . Ou será que quem vai jogar ao Espanhol de Barcelona pode ir treinar ao Nou Camp? Ou será que quando formos jogar a Alvalade podemos ir treinar á Luz? Afinal é mesmo ali ao lado.
   Desculpem mas é este tipo de situações que descredibiliza o Vitória e que nos transforma num clube cada vez mais amador. É por situações assim que não dá para aguentar mais e apenas resta dizer: EMILIO MACEDO RUA, tu e todos os benfiquistas que contigo dirigem o Vitória, JÁ METEM NOJO!

Incompreensível


   É absolutamente inacreditável a decisão tomada pelo Vitória de ir para Madrid de autocarro. Hoje em dia não tem lógica abordar um jogo desta importância como se fazia nos anos 60. Não consigo nem compreender como foi possível considerar esta possibilidade como válida. Mais triste ainda foi ouvir Manuel Machado dizer que seria como uma deslocação ao algarve. Não esta não será uma deslocação como as que são feitas ao algarve para jogar no campeonato, por vários motivos. Primeiro porque não estão em jogo simplesmente três pontos, depois porque o Atlético de Madrid não é o Olhanense, com todo o respeito que tenho pelo Olhanense. Estas são as duas razões principais para se encarar este jogo de outra forma, não como um simples jogo no algarve.
   Não compreendo como foi possível a Cosmos organizar uma viagem para os sócios do Vitória que iriam de avião e depois o Vitória diz que não vai de avião porque não há ligações disponíveis. Acredito que não haja muitos vôos disponíveis, devido a realização das Jornadas Mundiais da Juventude em Madird, que decorrem na semana do jogo. Mas não acredito que, se as coisas fossem tratadas de uma forma antecipada, não fosse possível encontrar uma solução. Se não havia vôos disponíveis a sair do Porto então ia-mos de Vigo. É um aeroporto que fica quase a mesma distância do do Porto, com a vantagem acrescida de ser um vôo interno pelo que seria ainda mais barato.
   Sujeitar os jogadores a uma viagem que nunca será inferior a 7 horas de autocarro, não é sequer aceitável. Isso vai provocar um desgaste desnecessário nos jogadores e vai alterar o plano de treinos para o jogo. Assim o Vitória terá que sair um dia mais cedo, não poderá realizar um treino na terça-feira e já só terá oportunidade de treinar no Vicente Calderon. Que como sabemos habitualmente esses treinos nunca servem para acertar estratégias e delinear planos de jogo, servem mais para descompressão e habituação ao relvado e á luz do estádio.
   Não admito por isso que depois, caso as coisas corram mal, venham dizer que foi o cansaço das viagens ou que durante a época venham dizer que a equipa está muito desgastada fruto de ter começado a época mais cedo. Isso não será nunca aceite porque apenas fazemos as viagens de uma forma desgastante porque a direcção assim o determinou.  Fico por isso bastante revoltado com esta decisão pois uma vez mais a equipa irá estar exposta a factores que condicionam o seu rendimento sem necessidade.
   Mais uma prova de incompetência e amadorismo dada por esta direcção, que vai demonstrando de uma forma cada vez mais evidente não ser digna do clube que representa.

Atlético de Madrid


   Uma vez mais o Vitória encontra na Liga Europa um grande clube europeu e uma vez mais jogamos com o Atlético de Madrid. Não é fácil, podiamos ter adversários mais acessíveis, mas se queremos ser um grande clube temos de estar preparados para enfrentar grandes jogos. Acredito que o Vitória possa passar esta eleminatória. É certo que já o fizemos uma vez já eleminamos o Atlético de Madrid, mas também é certo que já lá vão 25 anos e que a equipas são agora um pouco diferentes. Muito por culpa da lei Bosman que transformou completamente o futebol, o que para o Vitória não foi muito vantajoso. Pois passamos a ter muitos mais estrangeiros, sobretudo brasileiros e perdemos muitos portugueses que eram normalmente de grande qualidade. É também certo que não vamos ter um ponta de lança como o Paulinho Cascavel ou um jogador como o Roldão ou o N´Dinga. Estes três a par de Jesus foram os grandes responsáveis pelo sucesso de à 25 anos. Roldão e Cascavel porque marcaram os golos da vitória por 2-0 em casa, N´Dinga e Jesus porque fizeram grandes jogos em Madrid que permitiram passar a eleminatória, Jesus chegou mesmo a defender um penalty. Mas não tendo estes jogadores temos outros que nos dão também confiança para acreditar que é possível. Temos Nilsom, João Paulo, Santana, Pedro Mendes, El Adoua, Barrientos e Toscano. Se todos eles estiverem ao seu melhor nível será possível passar o Atlético. Até porque o Atlético não esta numa fase muito forte, é verdade que tem grnades jogadores, alguns até de nível mundial, mas enquanto equipa não são superiores ao Vitória. A grande estrela da equipa espanhola, Diego Forlan, está de férias devido a sua participação na Copa America. Depois temos Adrien, Tiago, Reyes e Salvio, todos eles grandes jogadores, mas não são suficientes para nos fazer pensar que é impossível. Aliás achando que esta equipa do Atlético é bastante forte, acho que é inferior á equipa, que quase eleminamos, do Portsmouth. Uma equipa que tinha Peter Crouch, Glen Johansen, Defoue, David James, Sol Campbel e Diarra.  Já para não falar que atual equipa do Vitória é bastante superior á que defrontou esse Portsmouth.
   Acredito por isso que, com rigor, ambição, uma equipa personalizada e espírito de sacrifício, este Atlético de Madrid esta ao alcance do Vitória. Temos é que acreditar, não ter medo e ir para cima do Atlético especialmente no jogo em Guimarães.

Falta de Paixão?


   Foi demasiado evidente a desmotivação dos vitorianos no jogo da Supertaça. É certo que estamos em crise e que o jogo se realizou numa altura em que muitos vitorianos estão de férias. Mas é também certo que há muitos vitorianos que residem noutros países e que por estes dias estão em Guimarães. Basta ver que no dia seguinte à final as ruas de Guimarães estavam cheias para ver a Marcha Gualteriana. Compreendo que muita gente está cansada, são sucessivos erros, são demasiadas asneiras, demasiadas provas de amadorismo e tudo isso leva a uma saturação. Mas não consigo compreender que pouco mais de três mil vitorianos tenham estado em Aveiro. Isso eu não entendo. Foi triste ver tão pouca gente a apoiar o Vitória, foi desolador entrar no estádio e ver que na mesma bancada onde gritava pelo Vitória havia gente a torcer pelo Porto. Só porque não tinhamos a nossa bancada cheia, demos espaço a que eles pudessem ver o jogo na nossa bancada. Esta foi para mim a grande derrota da supertça. Uma derrota que me doeu muito mais do que o 2-1 do jogo. Sempre fui educado a apoiar o Vitória, nas horas boas, nas más e nas de maior descrença e saturação. Sei que não é fácil principalmente quando há tanta incompetência em redor do Vitória. Mas o Vitória fica e as pessoas passam, foram muitos os que não gostavam de Pimenta Machado e ele já saiu, muitos não gostavam de Vitor Magalhães e ele ja saiu, agora são cada vez mais os que não gostam de Emilio Macedo e ele há de sair. Não podemos é fazer o Vitória pagar por isso. Não podemos deixar de apoiar o clube e não lhe podemos virar as costas. Temos de estar lá, ir a luta, acreditar e pensar que hoje só estamos onde estamos porque temos os sócios que temos. Sócios únicos na hora de apoiar o clube, sócios que dão tudo, que nunca desistem e que apesar das muitas tristezas que ja viveram continuam a acreditar que um dia vai ser a nossa vez. Estes são os vitorianos que conheço os que lutam, não desistem acreditam sempre num futuro melhor. Acredito que só com eles poderemos fazer crescer o Vitória, só se estivermos todos unidos e nunca desistirmos, mesmo nas horas de maior saturação e frustração, poderemos fazer o Vitória crescer.

Amadorismo


   Aquilo que comecei por pensar ser uma grande atitude, uma atitude à Vitória, não passou de mais uma enorme mostra de amadorismo. No final do jogo da Supertaça Manuel Machado, como habitual, foi até á sala de imprensa, mas para surpresa de todos apenas por lá ficou 18 segundos. Algo estranho, insólito mas que na altura me pareceu acertado. Pareceu-me acertado, pois a única coisa que ouvi Manuel Machado dizer foi: " Ninguém tem questões pois não?" e saiu da sala. Gostei na altura, pois acreditei que Manuel Machado tivesse aguardado por perguntas e como ninguém as colocava saiu. Isso sim seria umna boa atitude pois o Vitória não pode admitir ser gozado e se o treinador estivesse ali e não ninguém dissesse nada, esta seria a atitude certa a tomar.
   Mas afinal as coisas não foram bem assim, afinal esta atitude foi motivada pelo amadorismo e pelo receio de Manuel Machado e assim aquilo que poderia ser uma grande atitude passou a ser apenas mais uma vergonha. De acordo com o que foi referido no jornal A Bola, da segunda feira seguinte ao jogo, houve uma razão para ninguém colocar questões naquele periodo de tempo. Ao que parece o assessor de imprensa do Vitória, Duarte Magalhães, tinha pedido que as questoões fossem colocadas com um microfone, para que fossem bem audíveis. O que levou a um pequeno periodo de espera antes do início das perguntas, para que fosse possível instalar o referido microfone.Pois foi nesse periodo que Manuel Machado saiu da sala. Afinal o assessor de imprensa pede uma coisa e depois o treinador sai enquanto o que foi pedido está a ser instalado, vergonhoso. Mas este foi apenas um dos dois motivos que levaram Manuel Machado a sair da sala, sim porque acredito que este problema de comunicação interna, que existe no Vitória, nem tenha sido a principal razão que motivou a sua saida da sala. Para mim o que levou Manuel Machado a abandonar a sala foi o receio que os jornalistas abordassem o caso Edgar. Afinal toda a gente ficou surpreendida, o jogador tinha sido o melhor marcador da equipa na última época, estava convocado e depois nem para o banco foi. Acredito que Manuel Machado tenha abandonado a sala de imprensa para evitar falar neste tema.
   Mais uma vez fizeram passar a imagem de um clube amador, sem organização e que não pode ser levado muito a serio. É que a única coisa que temos que é admirada e respeitada pelos não vitorianos é cada vez mais a paixão e entrega dos vitorianos.

Supertaça


   O jogo da Supertaça foi, por muitos vitorianos, encarado como apenas mais um jogo. Não se viu, infelizmente, um entusiasmo próprio de uma final. Não se sentiu que estava em jogo um titulo e que o Vitória poderia aumentar o seu palmarés.
   Tristemente esta falta de entusiasmo não se ficou pelos vitorianos, vimos também uma incrível falta de ambição por parte da direcção e da equipa técnnica. Não é compreensível encarar um jogo destes, uma final, sem um único ponta de lança, nem no banco. Acredito que Manuel Machado nem teve muita culpa nesta situação, pois estranhamente Edgar não pôde ser utilizado. Mas ainda assim havia outras opções, tinhamos Fábio Fortes e William. Sei que não são opções para Manuel Machado, não conta com eles para esta época, mas quem não tem cão.... Mas, tendo em conta todas as limitações que existiam para este jogo, o Vitória até esteve bem. Jogámos bem melhor que na final da taça de Portugal, criamos ocasiões de golo e soubemos devidir o jogo. Para que tal fosse possível houve um conjunto de jogadores, que na minha opinião, estiverem em bom plano, como foram os casos de: N´Diaye, Santana, El Adoua, Barrientos e Toscano. Estes foram os jogadores que mais lutaram e que nos fizeram acreditar até ao fim que seria possível. Mas infelizmente uma má decisão de Pedro Proença originou o segundo golo do Porto e o Vitória não conseguiu ganhar. Mais uma vez sofremos um golo que teve origem na marcação de uma falta que não existiu. Foi esse lance que decidiu uma final que o Vitória apenas perdeu por culpa própria, por incapacidade de defender nos lances de bola parada.
   Saltam-me a vista três aspectos que devem ser melhorados. A capacidade de circular a bola com velocidade, o pressing alto e objectividade no ataque. Estas foram para mim as grandes falhas do Vitória na Supertaça e acredito que se as corrigir-mos num futuro próximo as coisas serão bem diferentes.