terça-feira, 4 de outubro de 2011

Merchandising


   O merchandising do Vitória é o espelho da direcção que o clube têm. Há poucos produtos á venda na loja do clube e uma variedade praticamente nula. Por estes dias entrar na loja do Vitória é desolador, é mais o espaço que está vazio do que aquele que está ocupado com produtos. Transparecendo a imagem de uma loja esquecida ao abnadono, que vai tendo o apenas indispensável. Não se pode aceitar que ao comprar uma camisola se tenha que esperar, mais de uma semana, para que coloquem um nome na mesma. Certamente isso acaba por fazer com que muitas pessoas não comprem a camisola, pois querem-na na hora, ou então compram-na sem ter o nome estampado, não fazendo o Vitória o dinheiro relativo á estampagem. Mas isso é apenas um dos problemas, outro é a inexistência de equipamentos de guarda-redes para venda. Como é sabido o Nilson é um dos jogadores mais acarinhados pelos vitorianos, por isso há muita gente que gostaria de comprar a sua camisola, mas tal não é possível pois esta não existe para venda. Quanto a isso cheguei mesmo a ouvir uma solução caricata, que foi apresentada a um miudo que na loja do Vitória perguntava pela camisola do Nilson. Disseram-lhe que camisolas do Nilson não existiam, mas que compra-se uma das da frente e que estampa-se o número 1 que já dava. Isso é ridiculo e o Vitória devia ter vergonha de dizer isto a quem quer comprar uma camisola de guarda-redes do clube.
   É sabido que a paixão dos vitorianos pelo Vitória é enorme e que muitas vezes estes gostariam de adequirir produtos do clube, só não o fazem porque esses produtos não existem. Todos nós já fomos á loja á procura de alguma coisa que se pudesse oferecer num aniversário, ou numa despedida de solteiro, ou até mesmo a um bebé recém-nascido, mas invariavelmente todos saímos de mãos a abanar. Não há nada que o Vitória tenha para vender nestas ocasiões. É inaceitável não ter-mos uma linha de produtos infantis e uma linha de produtos para bebé. O Vitória têm um enorme potencial de mercado mas não o sabe aproveitar. A prova disso é que quando é colocado a venda um novo produto, que tenha qualidade, o mesmo esgota rapidamente e depois nunca existe uma reposição de stock.
   Já tive a oportunidade de visitar algumas grandes lojas de clubes, tais como: a loja do Barcelona, do Real Madrid, do Atlético de Madrid, do Chelsea e até mesmo algumas em Portugal como as do Benfica e Sporting. Todas elas demonstram a preocupação que os clubes têm hoje em dia com a venda de merchandising, pois a venda destes productos é uma importante fonte de receitas. Em todas as lojas que visitei tive a oportunidade de encontrar vários produtos, para vários públicos e com as mais infindáveis utilidades. Tive também a oportunidade de verificar que em todas elas estava sempre gente a comprar produtos e que havia produtos com enorme saída. Mas infelizmente a única loja onde já entrei diversas vezes sem que ninguém estivesse a realizar uma compra foi a loja do Vitória. E isso muitas vezes apenas acontece porque o Vitória têm muito pouca coisa para vender.
   Escolhi para ilustrar este post uma imagem onde coloquei alguns produtos que vários clubes vendem, escolhi apenas produtos que o Vitória não têm, e que para mim seriam certamente um sucesso de vendas. Nesta imagem podemos ver desde mochilas escolares, a material escolar, a havaianas, pantufas, pijamas, roupa para recém-nascido, biberões, chupetas, jogos de cartas, jogos de setas, gravatas, entre outros. Acredito que qualquer um destes produtos, se feito com qualidade, seria um sucesso de vendas. Os vitorianos gostam de ter produtos do Vitória e gostam de poder usar material do clube nas mais diversas situações do dia a dia. Pena é que haja quem não entenda isso e que prefira ter uma loja na situação lamentável que o Vitória têm.
   A loja do Vitória pode transformar-se numa importante fonte de receitas do clube. Basta para isso que se compreendam três coisas: um há que ter mercahndising variado e com qualidade, dois é essencial realizar uma aposta forte no marketing e três é necessário que a direcção entenda o potencial que esta área de negócio têm.

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